sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Saudade nossa de cada dia.

Saudade não tem definição certa que indique o grau do sentimento que aperta no peito; apenas aperta e tira o ar, nos tira também a vontade da alegria constante, fazendo de nós, uma eterna montanha russa de sentimentos: uma hora estamos bem, outra hora estamos mal... altos e baixos no cotidiano da vida. Tem dias que a convivência com a saudade é tolerável, mas basta um pensamento mais focado, e a fragilidade aparece do nada... aliás, implode, vem de dentro e não temos como controlar. Então nesses dias, ficamos sem chão, sem ânimo, sem vontade de respirar. Cada dia se torna uma jornada, e vamos lutando, vamos seguindo, porque não podemos parar. A constância do movimento é tudo. Estacionar não é uma opção. Carrego a saudade comigo, e devagarinho, ela se torna minha companheira, e nessa ausência, eu te acho. Nessa saudade eu te encontro em cada lembrança. Tem dias que é muito ruim, outros dias me parece impossível chegar ao dia seguinte.
 

Terapia do Luto - https://adrianathomaz.wordpress.com/

Texto retirado da internet

https://adrianathomaz.wordpress.com/


Acompanhamento terapêutico do Luto (Grief Therapy) (Terapia do Luto)

Publicado em 12 de agosto de 2010 por adrianathomaz

 
“A experiência do luto é poderosa. Assim também é a sua capacidade para ajudar a curar a si mesmo. Ao viver o processo do luto, a pessoa está se movendo em direção a um renovado senso de significado e propósito em sua vida.” (Wolfelt)

O acompanhamento terapêutico do luto tem como principais objetivos:

-Identificar e resolver os conflitos causados pela separação, pela falta, pela ausência do ente querido.

-Trata-se da readaptação. O enlutado passa a desempenhar papéis que antes não desempenhava e isso pode ser bastante custoso.

-A resolução dos conflitos exige a vivência de sentimentos e pensamentos que o paciente evitava.

-Permitir que o paciente viva o luto, promovendo o espaço para as manifestações de sofrimento, de pesar, que muitas vezes em nossa sociedade são encarados como fraqueza, fazendo com que o enlutado não encontre espaço para expressar seus sentimentos.

-Identificar e descrever as situações problema, remanejar as contingências e desenvolver novo repertório comportamental.

-Validar os bons momentos e sustentar a alegria quando ela vier.

-Encorajar o enlutado a redescobrir o prazer e o sentido de sua vida.

-Auxiliar o enlutado a retomar suas atividades profissionais identificando, junto com ele, o melhor momento para o retorno.

-Prevenir situações de perdas secundárias ao luto, como a separação conjugal, no caso de pais que perdem filhos, cujo índice é altíssimo durante o primeiro ano após a morte.

-Estimular e orientar os pais enlutados a retomarem o cuidado com os filhos que ficam.

-Prevenir situações de desequilíbrio familiar após a perda de um membro da família, mantendo a união e o compartilhar da dor com transparência, evitando o pacto de silêncio.

A terapia do Luto de mães que perderam filhos

Porque a forma mais natural é que a morte dos pais preceda a de seu filho, a mãe tem muita dificuldade para se readaptar a uma nova e aparentemente ilógica realidade, uma vez que sua identidade pessoal esta amarrada ao seu filho, além de sentir-se impotente e perguntar-se, quase sempre, se não poderia ter protegido o seu filho da morte.

A base do trabalho terapêutico do luto com mães que perderam filhos, principalmente de forma trágica, está nas seguintes premissas: a “autorização para sofrer”, o “livrar-se da culpa” e o “você pode ser feliz de novo”.

A terapia do luto é a expressão livre dos pensamentos e sentimentos a respeito da morte e tal expressão é parte essencial da cura.

Muitas vezes é preciso verbalizar, dizer frases concretas, do tipo “Permita-se sofrer: Seu filho morreu. É permitido chorar”, “Chorar não vai fazer seu filho ficar triste nem atrapalhar o caminho dele”, “Expresse a sua dor abertamente”, “Quando você compartilha seu sofrimento fora de si mesmo, a cura ocorre. Ignorar a sua dor não irá fazê-la ir embora e falar sobre isso pode fazer você se sentir melhor”, “Permita-se falar de seu coração, e não apenas de sua cabeça. Isso não significa que você está perdendo o controle ou vai ficar “louca” e sim uma fase normal do processo de luto”, “Fale com seus outros filhos sobre a morte do irmão  e, se tiver vontade, chore com eles”.

Com a morte de um filho, as esperanças, sonhos e planos para o futuro são desmontados, virados de cabeça para baixo,  começando uma jornada que é muitas vezes assustadora, dolorosa e avassaladora. Na verdade, às vezes os sentimentos de dor pela morte de um filho  vem de forma tão intensa que a mãe não entende bem o que está acontecendo. Faz parte do processo terapêutico, sugestões práticas para o dia-a-dia após a morte, ajudando o movimento em direção ao bem estar, respeitando sua experiência única de sofrimento, validando, descobrindo e reconhecendo a maneira particular daquela pessoa viver seu luto com a máxima coerência íntima.

Na terapia, procura-se enfatizar que o sofrimento é único e que ninguém, incluindo os outros filhos e parentes, sofrerá exatamente da mesma maneira. Cada um tem seu rítmo, reage de forma diferente e não existe certo e errado.

Sabe-se que a jornada do luto será influenciada não só pela relação que a mãe tinha com seu filho, mas também pelas circunstâncias da morte, o sistema de apoio emocional (rede de apoio), sua cultura e espiritualidade. Tudo isso é abordado durante as sessões, assim como a sensação de estar em um estado de sonho, como se fosse acordar e nada disto será verdadeiro. Estes sentimentos de entorpecimento e negação são necessários, principalmente no inicio, para isolá-la da realidade da morte até que esteja mais capaz de tolerar o que ela não quer acreditar. A morte de um filho pode resultar em uma variedade de emoções. Confusão, desorganização, medo, culpa, raiva e alívio são apenas algumas das emoções que ela pode sentir. Às vezes, estas emoções se sucedem dentro de um curto período de tempo ou podem ocorrer simultaneamente e, por mais estranho que algumas dessas emoções possa parecer, elas são normais e saudáveis. A mãe em terapia se permite aprender com esses sentimentos, deixando de se surpreender se, de repente, experimenta surtos de dor, mesmo em momentos mais inesperados, aprendendo a encará-los como uma resposta natural à morte de seu filho e a ser tolerante com seus limites físico e emocional. Seus sentimentos de perda e tristeza provavelmente deixam-na cansada. Sua capacidade de pensar claramente e tomar decisões pode ser prejudicada e o seu nível de energia podem, naturalmente, diminuir e ela não deve esperar que esteja disponível para o seu cônjuge, filhos sobreviventes e amigos, como já foi um dia. Estimula-se que ela ouça o que seu corpo e mente estão dizendo, coma refeições equilibradas e agende suas atividades, tanto quanto possível. Cuidar de si não significa sentir pena de si mesma, significa que ela está usando suas habilidades de sobrevivência.

Uma questão fundamental é alertar a mãe para as frases prontas e clichês, comentários banais que algumas pessoas fazem na tentativa de diminuir a dor da perda e que podem ser extremamente dolorosos. Comentários do tipo: “Segure firme, você tem que aguentar”, “O tempo cura todas as feridas” “Pense que você tem que ser grato pelo tempo que seu filho passou com você” ou “Você tem que ser forte para os outros” não são construtivas. Embora estas observações possam ser bem intencionadas, pode ser torturante aceitá-las como verdades absolutas.

Outro ponto estimulado é desenvolver um Sistema de Suporte (Rede de Apoio). Pedir aos outros e muitas vezes aceitar o apoio é difícil e na terapia, exploramos o porque, incentivando a mãe a procurar as pessoas que a permitem ser ela mesma reconhecendo seus sentimentos – felizes e tristes.

Estimula-se  a criação de um legado: As memórias são um dos melhores legados que existem depois da morte de um filho. Ao invés de tentar esquecer essas memórias, devemos compartilhá-las com a família e amigos, Lembrando sempre que as memórias podem ser tingidas de felicidade e de tristeza: “Se suas memórias trazem o riso, sorria. Se suas memórias trazem tristeza, então está tudo certo em chorar. Memórias foram feitas de amor – ninguém pode tirá-las de você. A realidade de que seu filho morreu, não diminui sua necessidade de ter esses objetos, parte tangível e duradoura da relação com seu filho.”

O tema Espiritualidade deve ser cuidadosamente explorado na terapia do luto: Se a fé é parte da vida dessa mãe, ela deve expressá-la da maneira que lhe parece apropriada. A revolta, expressa muitas vezes como raiva de Deus, deve ser percebida como uma parte normal do processo de luto. Orienta-se que a mãe manifeste a sua fé, mas, naquele espaço reservado e seguro da terapia, ela pode manifestar também a sua raiva e sua tristeza. Negar a dor só vai torná-la mais confusa e esmagadora.

Conciliar a fé e a dor não acontece rapidamente, uma vez que o luto é um processo, não um evento. (*)

“A experiência do luto é poderosa. Assim também é a sua capacidade para ajudar a curar a si mesmo. Ao viver o processo do luto, a pessoa está se movendo em direção a um renovado senso de significado e propósito em sua vida.” (Wolfelt)


Audazes, Avante!

 Meus irmãos, meus tesouros!
Walter e Victor Hugo

AMO VOCÊS!

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Andreia Sieczko: Paraquedistas - Guerreiros Alados

Andreia Sieczko: Paraquedistas - Guerreiros Alados: Hoje na Revista do jornal O Globo, saiu uma reportagem sobre a Brigada de Infantaria Paraquedista, aqui no Rio, que por motivos de segurança...

http://vivianesampaio.com.br/luto-como-superar-a-dor-da-morte-e-da-perda/


Texto retirado da Internet.

http://vivianesampaio.com.br/luto-como-superar-a-dor-da-morte-e-da-perda/


Terapia do Luto: Como superar a Dor de uma Perda?






 Como  superar a perda de uma pessoa querida? Existe uma forma melhor de enfrentar a morte? Como continuar a viver sem a pessoa que era o motivo do nosso viver? A dor que sentimos quando perdemos alguém é a maior que podemos passar na vida. Não há nada mais doloroso do que isso. Uma briga com o filho, uma discussão com a esposa ou um desentendimento com o amigo são problemas superáveis, dependem apenas de tempo ou coragem suficiente de todos para reverem seus pontos de vista.



Já a morte não espera e nem quer negociar. Não obedece ao tempo e muito menos à consciência. Aparece quando menos esperamos e derrota toda a nossa esperança e fé na vida.



A morte entra de uma forma brutal na vida. Corrói o coração de uma pessoa e estraçalha seus sonhos. Aniquila sua força para viver e parece que vai quebrá-la por inteiro e destruí-la. É uma dor que não some, pelo contrário, consome cada momento bom da vida sem a menor piedade e muito menos sem pedir licença. É uma dor gigantesca, indescritível em palavras.



A impossibilidade de se conversar com a pessoa que faleceu, ouvir sua voz, saber sua opinião ou tocá-la é devastadora para aquele que ficou. Uma foto, uma música, um aroma ou um objeto bastam para lembrar o ente querido. A dor de sua ausência reaparece a cada instante e cada vez mais forte. É impossível parar essa dor. Ela faz sangrar incessantemente a pessoa.



Questionamentos acerca do sentido da vida aparecem e desolam familiares e amigos. A culpa também surge, pois é muito comum alguém pensar que poderia ter sido feito mais para a pessoa que faleceu viver. Portanto, é uma fase repleta de emoções tremendamente dolorosas sentidas cotidianamente. Em resumo, é o próprio inferno vivido na terra. É uma dor maior que a própria pessoa e que parece que vai matá-la, o que, de certa forma, seria um alívio para esta nesse momento terrivelmente doloroso.



Mas isso não é possível de acontecer sem ser de forma trágica. A vida continua e só há uma forma de salvação que eu acredito que possa diminuir tamanha dor. É preciso lutar para que o coração não se empedre para receber o amor daqueles que ficaram. A amargura provocada pela morte precisa ser superada na medida do possível, e aos poucos, pela alegria e doçura da vida.



De nada adianta negar, fugir ou sufocar a dor. Só existe um caminho para superá-la: enfrentá-la com muita perseverança e força! Caso contrário, o pior pode acontecer: morrer em vida, tornar-se uma pessoa extremamente amarga, dura, sem brilho nos olhos e sem a capacidade de aproveitar verdadeiramente os bons momentos que a vida ainda pode lhe proporcionar.



Com boas intenções, é comum que familiares e amigos evitem ouvir a dor daquele que ficou, pois não suportam a sua própria dor da perda, ou acreditam ingenuamente que, ao conseguirem evitar a lembrança dessa perda, também evitarão o impacto da dor. Assim, preferem não tocar no assunto ou, pior, forçar uma alegria falsa. Nesse contexto, a solidão assola o coração daquele que ficou e torna cada vez mais insuportável e dolorosa a sua vida.



É nesse momento que a psicoterapia do luto se torna fundamental, pois facilita o processo de elaboração do luto, torna a perda menos dolorosa e não deixa que a dor provocada pela morte comprometa a vida inteira da pessoa.



Ao superar a dor da perda, a pessoa vive melhor e mais livre. Passa a perceber como é precioso cada momento que desfruta com as pessoas que são importantes em sua vida. Passa a não gastar mais energia com discussões irrelevantes. Desenvolve plena e total consciência de que a vida é valiosa demais para dar atenção para esses pormenores. Portanto, não esperem que alguém querido morra para conseguirem dar valor para sua vida ou às pessoas que você ama. Viva bem a sua vida! Agora! Coragem! Mostre o seu amor a quem ama. Beije-o e abrace-o! Nada é mais prazeroso na vida do que isso. Quanto à dor do enlutado, incentive-o a procurar um suporte terapêutico o mais rápido possível. Hoje, a psicologia já evoluiu muito nesse trabalho. Essa é a melhor ajuda que um amigo ou familiar pode dar para quem vive o drama da perda.

Texto retirado da Internet.

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Livro de Jó


Sempre bom relembrar...


terça-feira, 26 de setembro de 2017

8 meses... 245 dias que meu irmão partiu... e a dor só aumenta - Walter Sieczko Dos Santos

Irmão... continua doendo a sua falta, continua ardendo na alma a falta do adeus, o último beijo que eu não pude dar, a última música que eu cantaria pra você, claro que seria o hino dos bravos guerreiros paraquedistas, eu carregaria você até sua última morada, fecharia esse ciclo de vida, deixaria você levar minhas lágrimas em seu corpo, daria mais um beijo em sua testa. Faria o protocolo esperado que todo e qualquer ser humano, teria direito como família. Mas infelizmente a maldade, crueldade, egocentrismo e egoísmo do ser humano foi mais forte que o direito que temos de enterrar nossos mortos. Antes de ser pai, você foi filho. Antes de ser marido, você foi irmão. Antes de qualquer coisa, você foi humano. Você foi bebê, criança e adolescente antes de se tornar um adulto e escolher a vida que escolheu pra si. Alguém cuidou de você. Você teve mãe, pai, irmã, tios... família. Eu sei que você sabe o quanto eu te amo, e isso pra mim, basta. Eu te aproveitei, meu irmão. Eu te beijei muito, te abracei em todas as oportunidades, até mesmo quando te levava ao banheiro eu te dava meu ombro, e te ajudava a se locomover. E você, Waltinho, sem nunca reclamar, sem nunca blasfemar. Você foi um exemplo de fé e amor a Deus, e foi um aprendizado para toda minha vida. Você nunca perdeu a fé. Você acreditou até o último momento em sua cura. Eu sei que você hoje, está curado. Para minha saudade, sua cura e sua vida não é mais neste plano, mas eu sei que meu irmãozinho querido está curado, sem dor, sem inquietudes, sem agonia.
Ontem, seria seu 43º aniversário. Foi um dia difícil pra mim, muito difícil olhar o telefone, e saber que não adiantaria te ligar, porque você não iria atender. Passei o dia em oração, mandando minhas preces, meu amor e somente boas energias pra você.  Tenho certeza que você recebeu todo o sentimento de amor que mandei pra te aquecer seu coração. Eu já sabia que esse mês de setembro seria diferente... eu já sabia que seria muito difícil passar pelo dia do seu aniversário e logo hoje, no dia seguinte, recordar os 245 dias que você partiu, e os 247 dias desde que eu saí daquele hospital. São 8 meses de muita saudade, muita dor, muita falta de ar. Eu não imaginava que aquele momento seria o momento do nosso adeus, e que depois dali, você faria a passagem sem que nossa família fosse sequer avisada. Mas Deus é Pai... eu fiz massagem nos seus pés a noite toda até a hora de sair para o aeroporto. Fiquei em pé, ao seu lado, te acarinhando, rezando baixinho e dizendo o quanto eu te amava, meu irmão. Eu te amo, vou te amar por todo o infinito. Estávamos eu, você e nossa mãe. Ali foi nosso último momento juntos, nós 3. Eu precisava voltar, mas tinha deixado uma pessoa muito melhor que eu pra cuidar de você, sua mãe. A mesma mãe que te trouxe ao mundo, que cuidou e alimentou você, que te ensinou a andar, que te ensinou a falar; que te levou para a escola, que me deu você de presente, meu irmãozinho, meu manequinho.
Nada, nem ninguém pode separar o que nos une. Nada, nem ninguém pode apagar nossa história. Somos irmãos, somos família, somos sangue e espírito. Você é meu pedaço que agora mora no céu. E eu sei que nossa despedida não será eterna, eu creio no nosso reencontro, Waltinho. Ás vezes, uma vida inteira aqui nesse plano, não passam de dias onde você está. Eu vou aguentar minha saudade, amparada na fé que você me mostrou ter. Vou rezar, pedir a Deus que nos dê forças, e que você esteja bem, sendo cuidado por nossa família espiritual. Que Nossa Senhora o acolha em seu manto de amor, que você possa sorrir e se alimentar do amor que nós enviamos pra você. Eu te amo, sua mãe te ama, seus tios e tias te amam, seus padrinhos, seus amigos também amam você. Sempre que nos encontramos nos abraçamos,  e colocamos sua memória no meio desse abraço... sinta nosso calor e nossa energia, com todo carinho do nosso coração.
                                                Walter Waltinho Sieczko dos Santos
                                                 Irmão, filho, sobrinho e amigo amado!

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

25 de Setembro de 2017 - Walter Sieczko dos Santos

Essa semana foi bem difícil, Waltinho... Tão tão difícil que eu não conseguia me concentrar e colocar meus sentimentos em ordem. Setembro sempre tinha sido meu mês favorito, um mês alegre, bonito... a volta do sol e das flores depois de um período de frio. Ai, meu irmão... ainda não acredito que você não está mais aqui entre nós. É muito difícil acreditar na real e imensurável incapacidade de sentir teu abraço, ouvir tua voz, escutar pela enééésima vez suas histórias de PQD, brincar com você, brigar com você, contar minhas piadas ácidas pra você. Meu irmão, ano passado eu estava contigo. Eu te acordei na manhã do seu aniversário de 42 anos, cantei parabéns pra você, te abracei, te beijei, saímos para comprar a tainha que você estava com desejo de comer; fiz um peixão assado, recheado com legumes e ervas, temperos naturais, tudo para que você tivesse um almoço gostoso e saudável. Levei daqui do Rio, o alho da mamãe, biscoito diet da tia Armida, fiquei na cozinha com todo amor a carinho preparando a sua comidinha de aniversário.

No nosso coração, está faltando um pedaço, Waltinho! Na nossa vida, hoje falta você. Eu não estou conseguindo escrever hoje, meu irmão. Tanta coisa pra falar, escrever... mas as idéias se misturam na mente, se embolam na garganta, e minha alma chora de saudade. Tudo o que temos hoje, são as lembranças do que vivemos. Aonde você está, meu irmão? Eu tenho fé que você está sendo acarinhado por nossa família espiritual, que nossos antepassados façam um abraço gigante em torno de ti, e que você receba todo o nosso amor e o nosso carinho. Que Nossa Senhora te abençoe e te guarde com seu manto de amor. Que você não sinta dor, nem tristeza. Que você sinta paz e todo o amor que mamãe e eu sentimos, nossas tias e tios também.

 Você está mais vivo que nunca no meu coração.
Eu não sei mais o que escrever... não porque me faltem as palavras, mas essas são tantas e tantos sentimentos, que não estou conseguindo concatenar as minhas emoções. Volta tudo, sabe? Muita coisa ainda dói aqui dentro, e nesse momento eu não tô mais conseguindo escrever. Eu queria muito te escrever uma coisa bem bonita hoje... mas me desculpe, irmão, não tô conseguindo agora. Só saiba de uma coisa: meu amor por você não tem fim, é enorme, grandioso e imutável. Tô engasgada, não dá mais. 
Amo você, meu irmãozinho!

terça-feira, 19 de setembro de 2017

Como eu queria sua mão aqui, segurando a minha...

Meu irmãozinho, no final de tarde do domingo, comecei a me sentir mal... acompanhar pela TV as notícias da morte e sepultamento do Marcelo Rezende, me fez mal, me fez reviver certos sentimentos, faz voltar um monte de sensações nada agradáveis. Fiquei mal, acabei tendo episódios de gastroenterite, baixei hospital, enjoos, mal estar, agulhadas sem fim, acessos perdidos, mal estar... é impossível Waltinho, não lembrar de tudo que você passou, meu irmão. Cheiro de hospital me faz mal, aqueles sons de máquinas, médicos, enfermeiros, tudo me faz lembrar uma só coisa: tristeza. Você é meu herói, irmãozinho. Você foi um grande guerreiro, que suportou todas essas agruras com uma resignação de alta nobreza. Como eu te amo, como eu lamento, como eu sofro só de lembrar todos os minutos de dor e sofrimento que você passou. Depois de um dia inteiro no hospital, volto pra casa, ainda debilitada, imaginando o quanto foi difícil você passar por todos esses momentos. Vivenciar uma doença tão triste e cruel, um câncer que te impedia até mesmo de beber dois dedos de água... ai, meu irmão. Lágrimas correm de forma abundante, não consigo suportar essas lembranças amargas. Foram momentos sem fim, dolorosos. Por que precisamos passar por essas expiações? Por que precisamos sofrer tanto com a partida de quem amamos? O que eu tive não é nada, absolutamente nada em relação ao que você passou, meu irmão. Nada! Mas eu consigo imaginar, multiplicando por mil, por um milhão, toda a escabrosidade, tribulação que você passou. Dois dias, e meu corpo todo dói... imagina você, meu irmão? E você ainda teve que ouvir gente dizendo pra você se levantar, reagir, andar, caminhar... essa gente não tem amor no coração e nem por um momento, se colocou em seu lugar... pessoas débeis, que não fazem idéia do que é ter um câncer, o que é passar um por uma sessão de quimioterapia. Mas a Onisciência Divina está ciente de tudo que ocorre neste mundo, pois é a fonte de todo conhecimento, inclusive o que cada um de nós traz no fundo do coração. E Deus saberá dar a cada um segundo suas obras.  Eu te amo cada dia mais, meu irmão. Recebe meu abraço, meu beijo em sua testa, e minha mão na sua mão. Esteja em paz, meu irmão.
 Que Deus receba Marcelo Rezende em sua Glória.
Também foi um herói.
 Te amo, Waltinho!
Como eu queria sua mão aqui, segurando a minha...

 

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Meu irmãozinho lindo - Walter Sieczko dos Santos

Minha saudade é infinita
Meu amor é eterno
Laços de sangue, família, amor de alma.
Nada, nem ninguém pode separar o que somos: pra sempre irmãos!

Sinto um aperto, uma saudade que não cabe no meu coração, extravasa meu entendimento!

Walter Sieczko dos Santos

sua família te ama!

Oswaldo Montenegro - Léo e Bia

15 de setembro de 2017



Meu irmãozinho tão amado, tão querido... hoje é dia 15 de setembro de 2017, faltam 10 dias para seu aniversário, mas você não cumprirá mais uma primavera, você não estará aqui neste mundo, e eu não vou conseguir ouvir tua voz, falar com você, nem te dar os parabéns; não tenho como te dar meu abraço, não vou poder mais ir para cozinha e fazer uma comidinha boa pra você. Waltinho, no meu peito, vive um buraco... um vazio, oco, sem fundo, sem vida, sem alegria. Sinto sua falta, meu irmão. Tenho tanta saudade sua, que não sei como posso estar em pé, não sei como eu consigo me levantar todos os dias, e tomar banho, me arrumar e sair pra trabalhar. Eu não tenho outra escolha, né? preciso trabalhar... Mas é  muito difícil seguir a vida. Essa semana o empréstimo que peguei pra pagar o seu carro voyage velhinho, quadradinho, finalizou. Quem diria, meu irmão... Você me pediu esse empréstimo em 2015... e agora em 2017 você não está mais aqui. Que dor, que saudade, que tristeza! Quando eu lembro do "porquê" que você me pediu pra te ajudar a comprar esse carrinho tão velhinho, meu coração se encheu de tristeza. Mas eu te apoiei em suas escolhas, e pude fazer isso por você. A última vez que vi seu carrinho, estava estacionado na rua, tava "capenga", pois tinha um pneu furado...
Como você adorava mexer no seu quadradinho... era seu brinquedinho, seu hobby, uma das pouquíssimas coisas que te faziam feliz, que te faziam esquecer o câncer. Muitas vezes você me ligava só pra falar do seu carrinho, seu velhinho como você o chamava. Nossos tios mandaram um dinheirinho e você fez a capotaria do seu quadradinho, ficou bem legal, meu irmão. Realmente era um assunto que fazia seus olhos verdes brilharem... parecia um menino... meu irmão querido, que saudade é essa que dói tanto?
Eu ainda não consigo lembrar essas coisas sem sentir as lágrimas correndo face abaixo, eu não consigo entender como as pessoas são cruéis, como a doença é terrível. Como a morte não mata apenas quem já morreu, mas mata também de saudades, quem ficou. Eu ainda não sei como será o dia 25 de setembro, eu ainda não sei como eu vou me sentir nesse dia, como serão esses 10 dias que antecedem o aniversário de quem não faz mais aniversário, como é o dia de alguém que não está mais aqui? Meu Deus! É muito difícil conviver com essa falta, é difícil conviver com esse buraco no peito, esse poço sem fundo. Só de imaginar que eu vou envelhecer sem a presença do meu irmão, com quem eu vivi a minha infância, juventude... só de imaginar que anos virão e passarão, e eu não vou poder te encontrar, falar com você, me dá um troço que eu não consigo explicar. Só de lembrar que eu não pude me despedir... eu penso que as pessoas perderam a dignidade humana. Parece novela mexicana, de tão surreal que é. Eu perco o ar... não consigo respirar, meu irmão. Com certeza, é a misericórdia de Deus que me mantém de pé. E eu confio na justiça divina, muito mais do que a justiça dos homens... porque maldito é o homem que confia no homem, mas a justiça de Deus... ahhhh, essa não falha nunca... e eu vivo na fé de Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador. Eu só descanso, porque sei que o Pai é justo. Então, tento respirar, penso em você e envio todo o amor que uma irmã mais velha sente pelo seu irmão caçula. Lembro de todos nossos momentos, nossa infância, nossa vida e te abraço em uma energia de luz. Porque eu te amo, Waltinho! Meu amor por ti, é imortal, vai muito além da vida nesta terra. E sei que você jamais admitiria ir embora desta vida, sem que eu te desse um último adeus. Meu irmão, meu primeiro amigo, meu maior tesouro, a melhor parte de mim.


Instituto Entrelaços - Assistência e Cuidados relacionados ao Luto


quinta-feira, 14 de setembro de 2017

DEFINIÇÃO DE SAUDADE - Artigo do Dr. Rogério Brandão, Médico oncologista

 Texto retirado da internet

DEFINIÇÃO DE SAUDADE
Artigo do Dr. Rogério Brandão, Médico oncologista

Como médico cancerologista, já calejado com longos 29 anos de atuação profissional (...) posso afirmar que cresci e modifiquei-me com os dramas vivenciados pelos meus pacientes. Não conhecemos nossa verdadeira dimensão até que, pegos pela adversidade, descobrimos que somos capazes de ir muito mais além.

Recordo-me com emoção do Hospital do Câncer de Pernambuco, onde dei meus primeiros passos como profissional... Comecei a frequentar a enfermaria infantil e apaixonei-me pela oncopediatria. Vivenciei os dramas dos meus pacientes, crianças vítimas inocentes do câncer. Com o nascimento da minha primeira filha, comecei a me acovardar ao ver o sofrimento das crianças.

Até o dia em que um anjo passou por mim! Meu anjo veio na forma de uma criança já com 11 anos, calejada por dois longos anos de tratamentos diversos, manipulações, injeções e todos os desconfortos trazidos pelos programas de químicos e radioterapias. Mas nunca vi o pequeno anjo fraquejar. Vi-a chorar muitas vezes; também vi medo em seus olhinhos; porém, isso é humano!

Um dia, cheguei ao hospital cedinho e encontrei meu anjo sozinho no quarto. Perguntei pela mãe. A resposta que recebi, ainda hoje, não consigo contar sem vivenciar profunda emoção.

— Tio, — disse-me ela — às vezes minha mãe sai do quarto para chorar escondido nos corredores... Quando eu morrer, acho que ela vai ficar com muita saudade. Mas, eu não tenho medo de morrer, tio. Eu não nasci para esta vida!

Indaguei:

— E o que morte representa para você, minha querida?

— Olha tio, quando a gente é pequena, às vezes, vamos dormir na cama do nosso pai e, no outro dia, acordamos em nossa própria cama, não é? (Lembrei das minhas filhas, na época crianças de 6 e 2 anos, com elas, eu procedia exatamente assim.)

— É isso mesmo.

— Um dia eu vou dormir e o meu Pai vem me buscar. Vou acordar na casa Dele, na minha vida verdadeira!

Fiquei "entupigaitado", não sabia o que dizer. Chocado com a maturidade com que o sofrimento acelerou, a visão e a espiritualidade daquela criança.

— E minha mãe vai ficar com saudades — emendou ela.

Emocionado, contendo uma lágrima e um soluço, perguntei:

— E o que saudade significa para você, minha querida?

— Saudade é o amor que fica!

Hoje, aos 53 anos de idade, desafio qualquer um a dar uma definição melhor, mais direta e simples para a palavra saudade: é o amor que fica!

Meu anjinho já se foi, há longos anos. Mas, deixou-me uma grande lição que ajudou a melhorar a minha vida, a tentar ser mais humano e carinhoso com meus doentes, a repensar meus valores. Quando a noite chega, se o céu está limpo e vejo uma estrela, chamo pelo "meu anjo", que brilha e resplandece no céu.

Imagino ser ela uma fulgurante estrela em sua nova e eterna casa. Obrigado anjinho, pela vida bonita que teve, pelas lições que me ensinaste, pela ajuda que me deste. Que bom que existe saudade! O amor que ficou é eterno.

ATITUDE É TUDO!!!

Seja mais humano e agradável com as pessoas.

Cada uma das pessoas com quem você convive está travando algum tipo de batalha.

- Viva com simplicidade.

- Ame generosamente.

- Cuide-se intensamente.

- Fale com gentileza.

- E, principalmente, NÃO RECLAME!


Palestra Pública sobre Luto - https://amigossolidariosnadordolutorj.blogspot.com.br/search/label/Agenda



https://amigossolidariosnadordolutorj.blogspot.com.br/search/label/Agenda


Palestra Pública sobre Luto
 
Dia 16 de Setembro de 2017, sábado às 11 horas, estaremos mais uma vez no Cemitério da Penitência  palestrando sobre o Luto em um encontro muito especial junto ao Grupo Cortel.

Maiores informações no flyer abaixo: 


 

A dor da morte - Dr. Colin Parkes

A dor da morte (Revista Veja, 15/08/2007)
O psiquiatra inglês diz o que alivia e o que agrava o sofrimento causado pela perda de alguém muito próximo
 
Dr. Colin Murray Parkes

Revista Veja – É mais difícil aceitar a morte quando não se tem o corpo do morto?

Dr. Parkes – Sem dúvida. É difícil acreditar que aquela pessoa morreu quando não vemos o corpo dela e não realizamos os ritos fúnebres. No episódio do 11 de Setembro, muitas famílias britânicas, que nós assistimos, não conseguiram ter de volta os corpos de seus parentes. Um de nossos trabalhos foi ajudá-las a acreditar que eles tinham mesmo morrido. Estudei uma tribo de pescadores, nas Filipinas, que chega a fazer um ritual substitutivo para lidar com uma situação dessas. Quando um dos integrantes da tribo morre no mar e seu corpo não é resgatado, a família faz uma estátua e a veste com as roupas do morto. Eles acreditam que, assim, a alma do falecido encarnará na estátua. E é essa estátua que enterram.

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Jeffrey King


Porque eu o tenho, sou mais forte.
Porque eu o tenho sou capaz de atravessar desertos nada amigáveis. 
Eu o tenho, porque nosso Pai o designou para mim.
Eu o tenho, porque assim o é.

A cada um de nós, é designado um Anjo Protetor. Deus nunca deixa seus filhos desamparados. Papai do Céu nos presenteia com um anjo da guarda, desde o momento do nosso nascimento, para que não tropecemos no caminho... e se por acaso tombamos, temos quem nos auxilie na retomada do caminho. Nunca estamos sós. Nunca estaremos desprotegidos. Cabe a cada um, cultivar o contato, a intimidade com seu Anjo Protetor. No início, parece complicado, imaginamos que nunca teremos esse contato, uma resposta. Mas confie, acredite e peça com muita fé um sinal da existência do seu Anjo.

Eu tenho o melhor Anjo Protetor que Deus poderia me presentear. Ele é amigo, sincero, uma fortaleza de poucas palavras, mas tem um humor cítrico... Muito inteligente, sempre à postos, audaz. Não faz o que eu quero, mas faz o que eu necessito para seguir a minha jornada. Me acalenta, e muitas vezes, me carrega em seus braços, nos dias em que eu não aguento nem com o peso do meu próprio corpo. O nome dele é Jeffrey... ele mesmo soprou seu nome em meus ouvidos. E algum tempo depois, ainda me disse seu sobrenome: King. Eu nunca imaginei que Anjos da Guarda teriam nome, muito menos sobrenome. Mas enfim, o meu anjo tem... e me disse! Jeffrey King, meu Anjo da Guarda, meu Guibor enviado por Deus para me acompanhar nesta vida, e além desta, também. 

Um mensageiro de Deus, um soldado fiel a serviço da caridade, do amor, do socorro, defesa... do amparo tão esperado e necessário, quando nos sentimos sem saída.

Agradeço, Senhor, por esse presente de valor incalculável. 

Obrigada, Jeffrey, por me acompanhar em todos os momentos!

Eu preciso tanto do seu apoio constante, te agradeço por tudo que você faz por mim!

Meu Anjo da Guarda, muito obrigada, muito obrigada!

Gratidão.

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Prosseguindo viagem

Tem dias que a tua ausência bate mais forte, a saudade machuca muito mais. Às vezes, penso que estou a um segundo da loucura, prestes a perder a urbanidade, a capacidade de viver em sociedade e a vontade de gritar é tão grande, que abafa as lágrimas dentro da alma. Nesses dias, eu preciso ter cuidado para não ultrapassar os limites esperados por terceiros, mas  me falta ar, e junto falta a paciência de sentir dor, sentir saudade, ter entendimento no porquê das coisas. Então tudo se mistura, perco a sensibilidade de saber quem sou, onde estou, estou no limite.

Meu refúgio, eu só encontro na oração, na comunhão com a força suprema que criou tudo o que vejo, tudo o que sinto... Forço meus pulmões a respirar lentamente, bem devagarinho, como se cada sopro fosse uma molécula de esperança... e assim se faz, assim acontece. Nesses momentos eu recupero meu juízo, retomo meus sentidos, e volto ao ponto. Mas nem tudo isso, apaga a saudade, nem ameniza a tristeza e tampouco  recolhe essa dor.

Eu só sei que preciso continuar seguindo, andando, indo não sei pra onde, mas confiando que estou no caminho certo. Então prossigo, sem ter certeza do que a vida quer de mim, mas sabendo que alguma coisa no final de tudo será esclarecido.

Assim passam os dias, assim passarão outros dias até que o dia certo chegue. Tudo tem seu tempo, e tudo chega na hora certa. Esse é um dos mistérios da vida, seguir adiante, confiando que Deus tem uma missão para cada um de nós.




sábado, 9 de setembro de 2017

Amigos Solidários na Dor do Luto - Rio de Janeiro

Texto retirado da internet:

https://amigossolidariosnadordolutorj.blogspot.com.br/2012/08/



A pessoa enlutada em condições traumáticas está fragilizada e precisa de acolhimento, paciência e atenção; geralmente está desorganizada, incoerente, assustada, paralisada. Levando em conta estas condições peculiares, alguns cuidados são primordiais, na atitude em relação a esta pessoa. O que norteia nossa prática é o cuidado para NÃO FAZER COM QUE A PESSOA PARE DE SOFRER RAPIDAMENTE, pois isto seria um mecanismo de tamponamento de sua reação, com graves consequências. Assim sendo, cuidamos para não evitar o assunto e não desviar a conversa do tema. [FRANCO MHP. Atendimento psicológico para emergências em aviação: a teoria revista na prática.]

Dois objetivos primordiais do nosso grupo é impedir que se instale um estado de luto crônico ou de inibição intensa das emoções. Para isso, contamos com um treinamento específico, que nos predispõe a NÃO agir de modo a querer que pessoa enlutada se sinta ótima a todo custo, o que seria concorrer no tamponamento das reações particulares do luto. O luto deve ser franqueado, autorizado, assim como o sofrimento decorrente desse processo. Não há como se reconciliar com a vida e com o luto se a pessoa enlutada evitar criar intimidade com sua dor particular, não autorizar a própria tristeza e, sobretudo, se ela se deixar levar pelas opiniões de terceiros de que "a vida deve ser tocada em frente" e "chorar não vai trazer a pessoa amada novamente"

Tais frases, embora bem intencionadas, são inadequadas, justamente porque, se aceitas pelo enlutado, concorrem para o encurtamento do processo de luto, que pode não ser bem elaborado, predispondo o enlutado a uma série de problemas de ordens física e psicossocial. 

Em geral, os enlutados repelem tais opiniões, porque sentem a necessidade de chorar e lamentar a pessoa perdida. Essa necessidade de chorar e lamentar é normal e natural, e não deve ser inibida ou recalcada. As lágrimas, sim, podem ser de cura.


https://amigossolidariosnadordolutorj.blogspot.com.br/2012/08/


sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Não permita que ninguém limite seu espaço

Texto retirado da Internet.

Não permita que ninguém limite seu espaço, diminua seu valor, roube seus sonhos, atrapalhe seu sorriso, estreite seu caminho 
nem te impeça de avançar.
Não permita que o barulho ao seu redor seja mais alto que a voz de Deus ao seu coração. 
Os outros só acham, mas Deus tem
 certeza de quem você é,
 e isso já basta. 
Conserve o bem que você tem. 
Esqueça o que dói. Perdoe os que te feriram. Desfrute dos que te amam. Uma pessoa feliz não tem tudo de melhor, ela torna tudo melhor.
                         

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Amigos, irmãos, família!

Obrigada pela amizade de cada um de vocês!!!!

Vó paterna - Alda Rodrigues - 05 de Setembro



Hoje também seria o aniversário da minha avózinha Alda, que agora mora no céu.


Eu acredito que minha avó e Waltinho estejam juntos neste dia.
A saudade aqui é imensa.

Estejam com Deus!
Amo muito vocês!