Cardiopatia de Takotsubo, foi o meu primeiro sintoma físico que vivi após conhecer e conviver com a dor do luto, mais conhecido popularmente como “síndrome do coração partido”. Meu coração literalmente foi partido, um pedaço enorme foi-me arrancado, sem anestesia, assim, de uma vez só. Não existe cura, tratamento ou medicamento para tratar a síndrome do coração partido. O que temos, são paliativos, terapias que nos ajudam a entender o quanto é real o que sentimos, e que esse luto, essa dor, nunca vai passar.
O luto não é uma fase, é um processo vitalício, que só acaba com nossa própria finitude... essa é a esperança mais desejada por aqueles que sofrem a perda de seus entes queridos: encontra-los no céu. Quando o meu irmãozinho #waltinho morreu, eu não sabia o que fazer, o que sentir. Só sentia uma dor intensa, latejante, sentia dor física no coração, uma dor retesada, rígida, respiração descontrolada, um nó na garganta, aperto na garganta, um cansaço que parecia que eu carregava todo o peso do mundo nas costas. Mas não parei de trabalhar, não parei de estudar, nunnncaaa - mas as lágrimas pingavam entre emails, relatórios gerenciais e planilhas de excel. Na hora do almoço, precisava trocar a camisa molhada... assim foram os 2 primeiros anos.
Fiz terapia do luto, tomei remedinhos, mas nada, absolutamente nada cessava aquela dor no peito... a tal da Takotsubo... preferia nunca ter conhecido essa síndrome... Foi depois de alguns anos, que eu recebi um DOM de DEUS, para ressignificar essa dor – ainda hoje e para sempre presente, dor – aprendi a me conectar com a NATUREZA, ahh, a #natureza Obrigada, Senhor pela natureza, a #vida é a #naturezaperfeita e através dessa conexão, estou conseguindo sobreviver ao processo do #luto. Não é fácil, é humanamente impossível perder quem amamos e seguirmos da mesma forma... não, nunca mais seremos a mesma pessoa, não teremos o mesmo sorriso e aquele brilho no olhar, jamais. Mas saberemos sobreviver a este processo, e a natureza me ajudou a curar a dor latente...
Hoje, ainda dói, mas é uma dor fininha, que vem acompanhada da certeza de que #waltinhosieczko está bem e quando chegar minha hora, ele estará me aguardando do outro lado desta vida. Às vezes eu choro, choro muito, como se eu o tivesse visto pela última vez, ontem... e quando isso acontece, a dor vem com força. Então eu converso com ele. Ele está mais vivo que nunca, dentro desse coração partido, a falta dele preenche esse buraco, falta tão presente... Ele está em todas as folhas das minhas plantas, cada pedrisco, cada #terrario cada grãozinho de terra vegetal. Meu irmão é a natureza que me cerca, que me faz respirar, que me faz viver, que me faz sorrir ao ver um cliente admirado com as belezas que são produzidas aqui na #wsterrariosejardins até eu mesma não acredito que faço tanta belezura dentro de um potinho de vidro.
Deus me deu forças e através da
natureza, me devolveu a vida. Meu irmão é o motivo da WS TERRÁRIOS E JARDINS
existir. É com ele, por ele e pra ele, todo o sucesso da WS TERRÁRIOS E JARDINS
e atualmente, o meu alimento, tanto físico, quanto espiritual. Só queria deixar essa singela homenagem hoje,
e mandar para o Waltinho um cesto cheio de saudades, risadas, abraços, piadas,
comentários de filmes que ele adoraria assistir, e dizer que o amor que sinto
por ele é imortal e infinito.
