terça-feira, 27 de março de 2012

27/03/12


Como cão e gata...


Acordei com uma idéia na cabeça: uma gata arisca e um cachorro velho.
A gata, a fingir que não quer carinho, a fazer o que não deve, a querer ter sua descendência, doida pra mostrar que é doida: armas, uma capa de grosseria, um cuturno. Uma gata: feminina demais e assustada, arranhando todo mundo, por medo de ser como realmente é.
O cachorro velho, bobo, abanando o rabo, sendo arrastado pra lá e pra cá por crianças. A gata que finge que é solitária, pensando em ter um bando com ela, pra ajudar nos dias que virão.
O cachorro com comida na hora certa, enroscado nos pés dos donos, dormindo no sofá. Catavento e girassol. E tudo aquilo que eu quero dizer e você não quer ouvir. Ou será o contrário?

segunda-feira, 26 de março de 2012

Inventando suas regras...

Invente seu próprio jogo. Faça o que for necessário para ser amar e ser amado. Mas não se esqueça que o amor é um sentimento simples, você pode encontrá-lo e deixá-lo ir embora por não perceber sua simplicidade. Felicidade não existe nesse nosso orbe. Só um alienado pode ser feliz no mesmo planeta de pedófilos, estupradores, corruptos e corruptores. Sugiro lutar por momentos felizes. E guardá-los na memória, porque não serão muitos.
By Soldado Errante

domingo, 25 de março de 2012

By, Soldado Errante

Todo mundo que diz que não acredita em amor, acaba esbarrando em um (é pra rir mesmo... bem feito!!). Nós não temos controle sobre isso. Acontece. A gente pode negar que sinta, pode não ter sentido nunca, pode ser incapaz de sentir. Fingir que não sente. Confundir quem completa em algum momento nossa carência com nosso amor. Mas existe. E a gente não consegue matar. O outro pode matar, mas quem sente não consegue matar. Morre em alguém porque o outro matou. Acontece com muita gente. O problema é definir o que é amor. Se você consegue definir, me diz. Pra mim, sempre falta algo a explicar. E paixão não é amor, amor tem paixão. Pode diminuir mas não morre. Paixão é menor, é parte. Amor é o todo. É tão forte que podemos amar gatos! E lá no Ramatis não te sugeriram que há uma vida além dessa? E que os sentimentos continuam? Tanto que ódio pode criar obssessores e obsediados? Por que amor não pode criar vínculos além do que vemos? Por que nossos amores morreriam conosco na carne? Na reencarnação escolhemos um mapa, um caminho-mestre que vai nos colocar ou não, a partir de nossas escolhas (livre arbítrio) em contato com"chaves", encruzilhadas. Alguns pontos, algumas pessoas, fatos, estarão em nosso caminho, de uma forma ou de outra. É muito "fácil" cortar laços, não atender telefonemas. Não vivemos aquilo, sumimos, e não houve "resgaste"... vai continuar no karma. Não precisa continuar a ler se não quiser, se continuar, leia com boa vontatde e sem se sentir atacada. Não quero criar polêmica sobre isso, só mostro daqui pra frente um ponto de vista, sem paixão. Só um exemplo. (Não queria falar nisso, mas é óbvio que, pelo menos para mim, nossa relação - seja ela qual fôr - é uma encruzilhada. As ciganas, os astrólogos, os médiuns, veriam isso na minha aura, no meu Karma, no meu destino. Talvez em você seja meio acidental, mas em mim não é. É crucial, me define como ser, com certeza absoluta. Esse é um dos motivos pelos quais é tão fascinante pra mim. Embriagador. Desculpe, mas esses parênteses entram no assunto com naturalidade. Um exemplo bem isento.)

sexta-feira, 23 de março de 2012

Eclesiastes 12

Lembra-te também do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento;
Antes que se escureçam o sol, e a luz, e a lua, e as estrelas, e tornem a vir as nuvens depois da chuva; No dia em que tremerem os guardas da casa, e se encurvarem os homens fortes, e cessarem os moedores, por já serem poucos, e se escurecerem os que olham pelas janelas; E as portas da rua se fecharem por causa do baixo ruído da moedura, e se levantar à voz das aves, e todas as filhas da música se abaterem. Como também quando temerem o que é alto, e houver espantos no caminho, e florescer a amendoeira, e o gafanhoto for um peso, e perecer o apetite; porque o homem se vai à sua casa eterna, e os pranteadores andarão rodeando pela praça; Antes que se rompa o cordão de prata, e se quebre o copo de ouro, e se despedace o cântaro junto à fonte, e se quebre a roda junto ao poço, E o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu. Vaidade de vaidades, diz o pregador, tudo é vaidade. E, quanto mais sábio foi o pregador, tanto mais ensinou ao povo sabedoria; e atentando, e esquadrinhando, compôs muitos provérbios. Procurou o pregador achar palavras agradáveis; e escreveu-as com retidão, palavras de verdade. As palavras dos sábios são como aguilhões, e como pregos, bem fixados pelos mestres das assembléias, que nos foram dadas pelo único Pastor. E, demais disto, filho meu, atenta: não há limite para fazer livros, e o muito estudar é enfado da carne. De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo o homem. Porque Deus há de trazer a juízo toda a obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau.
Eclesiastes 12:1-14

quinta-feira, 22 de março de 2012

Mais uma da grilheta

Para rir, ou chorar...

Memórias da grilheta

Cabeça vazia... oficina do bicho ruim... mas nem sempre é assim, ou deve ser assim... De vez em quando, até tem graça!
"Seu travesseiro foi sequestrado,
aguarde contato com reivindicação...
PT.
Não acione os desipes.
Ass.
Sinistro"

terça-feira, 20 de março de 2012

É proibido - Pablo Neruda

É proibido chorar sem aprender.
Levantar um dia sem saber o que fazer,
Ter medo de suas lembranças.
É proibido rir dos problemas,
Não lutar pelo que se quer,
Não transformar sonhos em realidade.
É proibido não demonstrar amor
Fazer com que alguém pague por suas dívidas e mau humor.
É proibido deixar os amigos
Não tentar compreender o que fizeram juntos
Chamá-los somente quando necessita deles.
É proibido não ser você mesmo diante das pessoas,
Fingir que elas não lhe importam,
Ser gentil só para que se lembrem de você,
Esquecer daqueles que gostam de você.
É proibido não fazer as coisas por si mesmo,
Não crer em Deus e fazer seu destino,
Ter medo da vida e de seus compromissos,
Não viver cada dia como se fosse o último suspiro.
É proibido sentir saudades de alguém sem se alegrar,
Esquecer seus olhos, seu sorriso, só porque seus caminhos de desencontraram,
Esquecer seu passado e pagá-lo com seu presente.
É proibido não tentar compreender as pessoas,
Pensar que as vidas delas valem mais que a sua,
Não saber que cada um tem seu caminho e sua sorte.
É proibido não criar sua história,
Deixar de dar graças a Deus por sua vida,
Não ter um momento para quem necessita de você,
Não compreender que o quê a vida lhe dá, também, lhe tira.
É proibido não buscar a felicidade,
Não viver sua vida com uma atitude positiva,
Não pensar que podemos ser melhores,
Não sentir que sem você este mundo não seria igual!
É proibido!
Neruda

sábado, 17 de março de 2012

by Soldado Errante

"Ser ou não ser, eis a questão".
"Amulémauporralouca era personagem? Então é fogo. Ficar no palco vinte anos fazendo o mesmo papel e chorar no camarim cria um hábito. A peça saiu de cartaz, e atores sentem falta até das vaias, das falas antigas e tão decoradas que já saem sem emoção. E sentem muito mais falta de chorar no camarim. Hábitos são difíceis de vencer. Hábitos de 20 anos viram vícios. Mas quem viu a peça sempre pode sentir saudades, e pedir ao ator pra entrar no personagem de novo, antes do autógrafo. Há um mundo numa dimensão paralela em que eu peço a você pra entrar no personagem e as pessoas riem muito, você se diverte, mas nenhum dos parentes e amigos que assistem sua performance tem dúvida de que você é diferente por dentro. Muita gente adora a Dercy, e é grande fã da Andreia, no universo paralelo em que um babaca passa os dias tentando fazer a atriz feliz. (A Dercy era muito porralouca e sempre disse que teve uma vida pouco feliz.)"
by Soldado Errante

sexta-feira, 16 de março de 2012

Essa Pequena - letra e texto

Essa Pequena
Chico Buarque
Meu tempo é curto, o tempo dela sobra
Meu cabelo é cinza, o dela é cor de abóbora
Temo que não dure muito a nossa novela, mas
Eu sou tão feliz com ela
Meu dia voa e ela não acorda
Vou até a esquina, ela quer ir para a Flórida
Acho que nem sei direito o que é que ela fala, mas
Não canso de contemplá-la
Feito avarento, conto os meus minutos
Cada segundo que se esvai
Cuidando dela, que anda noutro mundo
Ela que esbanja suas horas ao vento, ai
Às vezes ela pinta a boca e sai
Fique à vontade, eu digo, take your time
Sinto que ainda vou penar com essa pequena, mas
O blues já valeu a pena

Um tempo sem nome
Rosiska Darcy de Oliveira, O Globo, 21/01/12
Com seu cabelo cinza, rugas novas e os mesmos olhos verdes, cantando madrigais para a moça do cabelo cor de abóbora, Chico Buarque de Holanda vai bater de frente com as patrulhas do senso comum. Elas torcem o nariz para mais essa audácia do trovador. O casal cinza e cor de abóbora segue seu caminho e tomara que ele continue cantando “eu sou tão feliz com ela” sem encontrar resposta ao “que será que dá dentro da gente que não devia”. Afinal, é o olhar estrangeiro que nos faz estrangeiros a nós mesmos e cria os interditos que balizam o que supostamente é ou deixa de ser adequado a uma faixa etária. O olhar alheio é mais cruel que a decadência das formas. É ele que mina a auto imagem, que nos constitui como velhos, desconhece e, de certa forma, proíbe a verdade de um corpo sujeito à impiedade dos anos sem que envelheça o alumbramento diante da vida. Proust, que de gente entendia como ninguém, descreve o envelhecer como o mais abstrato dos sentimentos humanos. O príncipe Fabrizio Salinas, o Leopardo criado por Tommasi di Lampedusa, não ouvia o barulho dos grãos de areia que escorrem na ampulheta. Não fora o entorno e seus espelhos, netos que nascem, amigos que morrem, não fosse o tempo “um senhor tão bonito quanto a cara do meu filho“, segundo Caetano, quem, por si mesmo, se perceberia envelhecer? Morreríamos nos acreditando jovens como sempre fomos. A vida sobrepõe uma série de experiências que não se anulam, ao contrário, se mesclam e compõem uma identidade. O idoso não anula dentro de si a criança e o adolescente, todos reais e atuais, fantasmas saudosos de um corpo que os acolhia, hoje inquilinos de uma pele em que não se reconhecem. E, se é verdade que o envelhecer é um fato e uma foto, é também verdade que quem não se reconhece na foto, se reconhece na memória e no frescor das emoções que persistem. É assim que, vulcânica, a adolescência pode brotar em um homem ou uma mulher de meia-idade, fazendo projetos que mal cabem em uma vida inteira. Essa doce liberdade de se reinventar a cada dia poderia prescindir do esforço patético de camuflar com cirurgias e botoxes — obras na casa demolida — a inexorável escultura do tempo. O medo pânico de envelhecer, que fez da cirurgia estética um próspero campo da medicina e de uma vendedora de cosméticos a mulher mais rica do mundo, se explica justamente pela depreciação cultural e social que o avançar na idade provoca. Ninguém quer parecer idoso, já que ser idoso está associado a uma sequência de perdas que começam com a da beleza e a da saúde. Verdadeira até então, essa depreciação vai sendo desmentida por uma saudável evolução das mentalidades: a velhice não é mais o que era antes. Nem é mais quando era antes. Os dois ritos de passagem que a anunciavam, o fim do trabalho e da libido, estão, ambos, perdendo autoridade. Quem se aposenta continua a viver em um mundo irreconhecível que propõe novos interesses e atividades. A curiosidade se aguça na medida em que se é desafiado por bem mais que o tradicional choque de gerações com seus conflitos e desentendimentos. Uma verdadeira mudança de era nos leva de roldão, oferecendo-nos ao mesmo tempo o privilégio e o susto de dela participar. A libido, seja por uma maior liberalização dos costumes, seja por progressos da medicina, reclama seus direitos na terceira idade com uma naturalidade que em outros tempos já foi chamada de despudor. Esmaece a fronteira entre as fases da vida. É o conceito de velhice que envelhece. Envelhecer como sinônimo de decadência deixou de ser uma profecia que se autorrealiza. Sem, no entanto, impedir a lucidez sobre o desfecho.”Meu tempo é curto e o tempo dela sobra”, lamenta-se o trovador, que não ignora a traição que nosso corpo nos reserva. Nosso melhor amigo, que conhecemos melhor que nossa própria alma, companheiro dos maiores prazeres, um dia nos trairá, adverte o imperador Adriano em suas memórias escritas por Marguerite Yourcenar. Todos os corpos são traidores. Essa traição, incontornável, que não é segredo para ninguém, não justifica transformar nossos dias em sala de espera, espectadores conformados e passivos da degradação das células e dos projetos de futuro, aguardando o dia da traição. Chico, à beira dos setenta anos, criando com brilho, ora literatura, ora música, cantando um novo amor, é a quintessência desse fenômeno, um tempo da vida que não se parece em nada com o que um dia se chamou de velhice. Esse tempo ainda não encontrou seu nome. Por enquanto podemos chamá-lo apenas de vida.

ROSISKA DARCY DE OLIVEIRA é escritora.

quinta-feira, 15 de março de 2012

COMEMORANDO OS 40... SEM NEUROSE! Andreia Sieczko

Hemorróida Cerebral e Cabeça de M...

Tem gente que tem isso demais, flutuando entre merda e sangue, dando voltas na cabeça... Hemorróida cerebral!  Cabeça de Merda! Vá para frente do seu espelho quebrado e diga a si mesmo: eu sou um merda, eu sou um merda... Você já está mesmo acostumado a repetir isso, desde criancinha. Teu bobão...

terça-feira, 13 de março de 2012

Teu, meu ou nosso?

Nosso (ou o meu) problema é acertar a distânciacerta entre nós. À distância de um telefonema? A mesma cama (ôba!!!)? Um email? A mesma cidade?A mesma casa? O mesmo banheiro? "Portas separadas do mesmo armário serãonossa única separação?" O mesmo bairro? Uma fotografia numa gaveta? Ou na memória? Um dentro do outro (ôba!!!)? A distância dos amigos? Conhecidos? À distância de um grito? O mesmo planeta? O mesmo sofá? O mesmo bar, o mesmo cinema? "Em que bar, em que cinema, te esqueces de mim?" (Caetano) Dizem que "saudade" é palavra que só existe na nossa língua. Você sente saudades e não há palavra pro que eu sinto...Tua memória habita em mim como uma criança que se perdeu. Tua memória habita em mim como um velho que decidiu não sair de casa. Tua memória me inflama. Tua memória me gela. ("As aparências enganam aos que gelam e aos que inflamam", Tunai e Sérgio Natureza, em "As aparências enganam"). Tua memória me diz e me cala. Tua memória me cresce e me torna ínfimo. Me faz quase poeta, mas sempre em silêncio. ("Aí diz o meu coração que prazer tem bater se ela não vai ouvir, cantar mas me diga pra quê...". João Bosco, em"Desenho de giz".) Tua memória me acorda para sonhar, e mais tarde traz o sono, que chega para me dar o teu esquecimento, mas me trai, pois durmo e sonho ... com tua memória.Tua memória me empurra para a frente, tua memória me joga do abismo. E isso aqui não tem fim, escreveria o dia inteiro, como tua memória me reescreve a todo instante. Tua memória habita em mim, mas você não mora aqui.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Comemoração do niver da Loba em 12/03/12



Eda, Lu, Nath, Lívia, Inara, Norma, Fabi, Alexandre, Jason, Paulo, Olaf... essa comemoração foi mega super, hiper especial!!!!! E toma-lhe caipivodka de lichia, né Nath?

Amei, as risadas, as brincadeiras, o bom astral, a amizade que cultuamos em todos os momentos que estamos juntos! De quem é o próximo aniversário???? Vamos repetir a dose (as doses também...)
AMIGOS NO OUTBACK BOTAFOGO, COMEMORANDO MAIS UMA VEZ!
NATHALIA VAI GANHAR UM PRÊMIO DA AMIGA QUE MAIS COMEMOROU, PARTICIPANDO DE 100% DOS EVENTOS E COMEMORAÇÕES... E FABIANA TAMBÉM!
MUITO BOM!
EU & NATH