quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Noites

A noite cai e sua ausência dói como pedra perfurada, contundente. Vago na madrugada buscando teu corpo. Meus lençóis são ondas de uma mar turbulento.
Fico gris, náufraga ao sabor do vento.
Sinto fome.
Caminho a procura dos teus pêlos. No silêncio frio imploro que as horas passem. Meus lábios trêmulos gritam seu nome, meu sangue seca. Suplício é não te alcançar neste exato momento. Perco o rumo, perco o ar, desfaleço. Então você chega e preenche meus vazios, me inunda de cheiros, molha minha língua com a sua saliva e eu invado a tua existência, engulo sua voz e me alimento do seu amor, e num contagiante fascínio me refaço outra vez, assim como a luz da manhã que vem surgindo. Meu corpo arde sob o seu, você se afunda em mim e eu te recebo, da ponta à base do teu corpo e sedenta, me entrego à fúria dos teus dentes.
Findou-se o vácuo.
Seus braços me acalentam, seu peito me aquece, a respiração se aquieta, nossos corpos se completam e adormecem... e não penso mais em nada, se não for pra acordar ao seu lado.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Coração Pirata

Roupa Nova

O meu coração pirata toma tudo pela frente
Mas a alma adivinha
O preço que cobram da gente
E fica sozinha...
Levo a vida como eu quero
Estou sempre com a razão
Eu jamais me desespero
Sou dono do meu coração
Ah! O espelho me disse
Você não mudou...
Sou amante do sucesso
Nele eu mando, nunca peço
Eu compro o que a infância sonhou
Se errar, eu não confesso
Eu sei bem quem eu sou
E nunca me dou!
Quando a paixão não dá certo(Não há porque me culpar)
Eu não me permito chorar(Já não vai adiantar)
E recomeço do zero sem reclamar
Quando a paixão não dá certo(Não há porque me culpar)
Eu não me permito chorar(Já não vai adiantar)
E recomeço do nada sem reclamar
As pessoas se convencem
De que a sorte me ajudou
Plantei cada semente
Que o meu coração desejou
Ah! O espelho me disse
Você não mudou
Sou amante do sucesso
Nele eu mando, nunca peço
Eu compro o que a infância sonhou
Se errar, eu não confesso
Eu sei bem quem eu sou
E nunca me dou!
Quando a paixão não dá certo(Não há porque me culpar)
Eu não me permito chorar(Já não vai adiantar)
E recomeço do zero sem reclamar
Quando a paixão não dá certo(Não há porque me culpar)
Eu não me permito chorar(Já não vai adiantar)
E recomeço do nada sem reclamar
Faço porque quero, estou sempre com a razão
Eu jamais me desesperoSou dono do meu coração
Ah! O espelho me disse
Você não mudou!
Você não mudou!
Não mudou ...

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Minha filosofia

Casuarina
Composição: Aluísio Machado


Vai passar
Esse meu mal estar
Esse nó na garganta
Deixe estar...
O próprio tempo dirá
Água demais mata a planta
Tudo que é muito, é demais
Peço: me perdoe a redundância
Entrelinhas só quero lembrar
Que a terra fértil um dia se cansa
É uma questão de esperar
Relógio que atrasa não adianta
E o remédio que cura
Também pode matar
Como água demais mata a planta

domingo, 24 de janeiro de 2010

Um pro Outro

Lulu Santos

Um pro outro

Foi bom te ver de novo aqui
A gente tinha mesmo tanta razão pra seguir
Adoro o som dessa guitarra
A voz sempre rouca e o coração na mão
Surpresa certa te encontrar
A tua onda pega bem mesmo em qualquer lugar
Até na esquina do pecado
O que for na vida não nos deterá
Nós somos feitos um pro outro, pode crer
Por isso é que eu estou aqui
Que não há lógica que faça desandar
Porque o acaso decidiu
Tanta certeza no olhar
Tamanha pressa de chegar a nenhum lugar
Só pra ter a sensação de que a vida passa assim com um tufão
Nós somos feitos um pro outro, pode crer
Por isso é que eu estou aqui
Que não há lógica que faça desandar
Porque o acaso decidiu

sábado, 23 de janeiro de 2010

Recadinho...

Cuidado comigo...

Sou muito pior que ele...

E você não o conheceu em seus melhores momentos...

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

20/01/2010


Teu riso molhado fertiliza minha alma sedenta de frutos.

Viajo para dentro de seus olhos e descubro um mundo sortido de paixão e alegrias. Viajo na simplicidade dos seus dedos fazendo desenhos em minha pele, descobrindo cavernas, montes, cachoeiras; tecendo em meu corpo o manto desse sentimento chamado amor...

Não tenho frio.

Sou protegida pela veracidade desse sentimento, meu peito é meu escudo, que se fortalece a cada gesto de carinho.

Seu amor me torna imortal, seu amor me eleva aos céus, transcende à vida que conheço. Nosso amor é oceano, é universo, é sangue correndo nas veias, é coração que pulsa em ritmo acelerado. Nosso amor vem de dentro pra fora, invadindo sem pedir licença as nossas vidas.

Lava Pés e Lava Alma em Lumiar!!!!

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

"Não existe saudade mais cortante..."

 
Gostaria muito de não sentir a sua falta.
Me pego rindo falsamente perante as pessoas que me perguntam como eu estou...
Eu solto uma gargalhada, jogo os cabelos pra traz e penso imediatamente:  estou na merda!!!!
Minha boca não traduz toda a angústia aprisionada em meu peito, somente alguns que conhecem a leitura dos  meus olhos, me enxergam dentro, e eu não deveria fazer isso comigo mesma... Estou me machucando... 
Ainda não sei que mal eu fiz, mas devo ter feito algo muito ruim pra manter esse sofrimento em banho-maria; eu sinceramente, não desejo o que estou passando a nenhum coração pulsante. Acordo e volto adormecer, cada hora um pouco mais decepcionada.  Eu não sabia que existia ainda tanto sentimento dentro de mim... pensei que já tivesse exaurido todas as possibilidades de amar, perdoar, perder, sofrer, recomeçar se ver em frangalhos!!! Respiro bem devagarinho, para que o pouco do ar que puxo pra dentro possa oxigenar o que ainda insiste em viver.  Às vezes acho que estou com auto piedade, mas isso não serve pra mim, não é meu número, não se adequa em meu corpo, muito menos em minha alma... Vou deglutindo aos poucos as pedras da insatisfação, tentado engolir sem muito mastigar. Difícil...

A Caminhada de Ana de Lumiar




A Caminhada de Ana de Lumiar


Então foi assim: Ana sentiu uma enorme vontade de subir para procurar tesouros escondidos na Pedra Riscada. Ela vive em um paraíso chamado Lumiar... Se tem frio, encontra-se aconchego; se faz sol e calor, lá se vão vários mergulhos de vida e renascimento nas águas de cachoeiras mágicas distantes. Conta uma lenda local que Mão de Luva teve a seu favor 1.425 metros de altitude com várias possibilidades de guardar um tesouro riquíssimo que nunca ninguém conseguiu encontrar e por isso mesmo, ainda está lá. Ana e seus três amigos num ímpeto de curiosidade e descoberta marcharam para a Pedra Riscada imediatamente após sairem de uma conversa informal. E os amigos partiram já com o sol alto, sabiam que só chegariam ao topo no final do entardecer. E no cair repentino da noite, em meio a subida, nada mais se via, senão o minúsculo diâmetro de luz que saia da fraca lanterna em suas mãos, direcionando seus passos, um a um... A atenção para seguir o caminho, para não perder a trilha deixou o grupo em silêncio, porém a caminhada seguia tranquila e serena, mesmo nos trechos onde havia mais perigo e algumas escaladas. Os declives, a terra molhada, as raízes soltas cruzando o estreito pedaço de chão batido devido a erosão de outros passos, as folhas batendo na direção dos olhos, a mata tentando se defender de desbravadores passantes, o cheiro de mato fresco, batizado pela fina garoa que mantém as folhas verdes... Ana sabia que precisava se concentrar em seus passos se quisesse encontrar o tal tesouro, não podia se desviar daquele caminho. A respiração ofegante e o estalar de galhos quebrando a cada pisada, era naquele momento o parceiro musical perfeito para a trilha sonora do mundo, junto com o vento que balançava as árvores e ainda aquele silêncio surdo que somente poucos tem por gratidão ouvir, faziam arranjos orquestrais aos ouvidos de Ana. Ali naquele momento, esqueceu-se a fome, a sede e o cansaço... O objetivo era alcançar o topo, diagramar a terra, descobrir tesouros. E ainda deitar-se sob as estrelas e agradecer aos céus a chance de estar em contato direto com a terra, sendo observada intimamente pela lua, desnudando seus medos e desvirginando mistérios. Finalmente o merecido descanço, o sono velado por anjos da floresta, viventes eternos do pouco que resta da nossa Mata Atlântica. Ana acordou antes mesmo dos primeiros raios de sol; trazia no coração a esperança de encontrar a riqueza que buscava em um novo amanhecer... não queria perder o nascimento de um dia que a teria como testemunha. Ana pôs-se a procurar o tesouro, cada amigo em uma direção... mas Mão de Luva passara diversas noites naquele mesmo lugar e o guardou em um lugar onde nem mesmo ele saberia dizer. O tesouro continua guardado em algum canto dessa imensa rocha, mas apesar disso Ana sentiu-se recompensada pelos inesquecíveis momentos dividos com seus amigos, cercada pela beleza selvagem daquele pedacinho de completude e resolveram que já era hora de descer à terra. Eis que no caminho de volta, com o dia brilhando sobre as cabeças do grupo, Ana surpreendeu-se com o caminho que haviam traçado na noite anterior... A fina trilha era rodeada de perigos, armadilhas e precipícios; a cada passo que se seguia, Ana se lembrava do pouco que enxergara em determinados momentos quando a escuridão se fazia soberana na mata.À noite, Ana não se preocupou com a altura dos tombos ou com os escorregões que poderia ter sofrido; não pensou em ficar presa em armadilhas, em resvalar seus pés em terreno escorregadio... Seu foco era não se perder do caminho, não errar a trilha, seguir adiante com o firme propósito de achar um baú cheio de riquezas, conforme diz a lenda do povoado. E Ana achou seu tesouro... Não aquele, que ainda segue perdido na pedra de Lumiar. Ela sabe que seu tesouro é mais extenso que a montanha que desce até o mar... Ana não parou, não olhou pra traz. Ana seguiu em frente, cumpriu sua caminhada sem contar seus passos... simplesmente seguiu lado a lado dos perigos da floresta, dos barrancos, não teve medo de cair, foi andando com suas próprias pernas e isso faz Ana crescer, ser forte, ser guerreira, ser dona de seu destino. Suas caminhadas a transformam cada dia mais em um ser especial. Ana é gente, Ana é força, é amor, é batalha, é recomeçar de novo sempre um novo começo, assim como a aurora que desperta a cada manhã. Ana é luz e essa luz é o seu maior tesouro!

Com todo meu carinho,
Andreia



Não existe saudade mais cortante que a de um grande amor ausente




Entre a Serpente e a Estrela

Zé Ramalho



Há um brilho de faca
Onde o amor vier
E ninguém tem o mapa
Da alma da mulher...

Ninguém sai
Com o coração sem sangrar
Ao tentar revelar
Um ser maravilhoso
Entre a Serpente
E a Estrela...

Um grande amor do passado
Se transforma em aversão
E os dois lado a lado
Corroem o coração...

Não existe saudade
Mais cortante
Que a de um
Grande amor ausente
Dura feito um diamante
Corta a ilusão da gente...

Toco a vida prá frente
Fingindo não sofrer
Mas o peito dormente
Espera um bem querer
E sei que não será surpresa
Se o futuro me trouxer
O passado de volta
Num semblante de mulher
O passado de volta
Num semblante de mulher...

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

A que mais deixa saudade!!!!!!

A que mais deixa saudade


Marquinhos Satã
Autor: Serginho Meriti


Bom mesmo é quando a gente está a sós
Com a pessoa que escolheu
Entre todas que viveu
A que mais deixa saudade
Legal é quando a gente está legal
Ao lado de quem se quer
Dispensando o que vier
Indo em busca do prazer de verdade
É como se a gente virasse poeta
E arrancasse as palavras de dentro do peito
É como se o destino desse um nó perfeito
Pra minha vida da sua não mais desatar
É a força do grito é o nó na garganta
O remédio que traz o poder de curar
Essa força que nasce e depois se agiganta
E ás vezes se chama vontade de amar
Legal é quando a gente está legal
Bom mesmo é quando a gente está a sós

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Volta - 14/01/10

Volta - Pagode de Marquinhos Satã


Marquinhos Satã

Eu sinto tanto a sua falta
Daria tudo para ter de volta
Saudade não me deixa em paz
Eu posso até fingir
Mas não consigo enganar
Meu coração
É ele quem comanda os sentimentos
Te esquecer andei tentando
Perdendo muito tempo me enganando
Estou te amando ainda mais
Não posso proibir o meu desejo
E nem fugir desse paixão
Me diga o que eu faço
Pra esquecer nossos momentos
E o nosso amor
Fala... comigo alguma coisa que me ajude
Diga... que encontrou
Alguém melhor que eu, me desilude
De uma vez
Olha, mas se você também sentir saudades
Volta
E vamos reviver o nosso amor
Que na verdade não se desfez
Me esquecer andei tentando
Perdendo muito tempo me enganando
Estou te amando ainda mais
Não posso proibir o meu desejo
E nem fugir desse paixão
Me diga o que eu faço
Pra esquecer nossos momentos
E o nosso amor
Fala... comigo alguma coisa que me ajude
Diga... que encontrou
Alguém melhor que eu, me disilude
De uma vez
Olha, mas se você também sentir saudades
Volta
E vamos reviver o nosso amor
Que na verdade não desfez

Pura Semente - 14/01/10

Pura Semente
Marquinhos Satã


Quando começou
Era diferente
Tinha o nosso amor
A pura semente
Que desfaz as mágoas
E trás a ilusão
Era o nosso amor
Numa só canção
Tanto tempo fez,
Mudar a nossa vida
E a nossa canção
Não foi mais ouvida
Ficou reduzida
Hoje é só refrão
Do nosso amor
Só recordação
E foram os melhores momentos
Que me fizeram pensar
Por que sem tentarmos de tudo
Deixamos o amor acabar
Se a solidão é castigo
Fizemos por merecer
Quem mata o amor na semente
Merece sofrer

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Sangrando...

Sangrando

Gonzaguinha

Quando eu soltar a minha voz
Por favor entenda
Que palavra por palavra
Eis aqui uma pessoa se entregando

Coração na boca
Peito aberto
Vou sangrando
São as lutas dessa nossa vida
Que eu estou cantando

Quando eu abrir minha garganta
Essa força tanta
Tudo que você ouvir
Esteja certa
Que estarei vivendo

Veja o brilho dos meus olhos
E o tremor nas minhas mãos
E o meu corpo tão suado
Transbordando toda a raça e emoção

E se eu chorar
E o sal molhar o meu sorriso
Não se espante, cante
Que o teu canto é a minha força
Pra cantar

Quando eu soltar a minha voz
Por favor, entenda
É apenas o meu jeito de viver
O que é amar

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Você - 12/jan/10


Em meio a neblina inebriante, vem você com fala mansa e baixa. Outros sons convergem para dentro da memória. A confusão de línguas e saliva se misturam com a cadência de dois corpos e de repente você se torna meu oxigênio. Nossa respiração se confunde e eu aprecio seu gosto... seu ar é meu ar.
Recebo meu sopro de vida e lhe entrego como combustível para sua sobrevivência. Somos um só corpo, fundidos pela alquimia que liberta apenas as almas que se reencontram na plenitude daquilo que todo ser humano busca incansavelmente por toda sua existência.
Somos escolhidos, somos abençoados.
Fomos recebidos na porta do céu e uníssonos engolimos nossa própria voz. O mundo pára e conspira para que tenhamos este momento. Nossos corpos flutuam num estado de semi inconsciência, conscientes do privilégio da absoluta pretensão ao amor absoluto!
Seu peito molhado colide com minha boca seca e num murmúrio vagaroso anseio que molhe minha boca com sua boca.
As palavras saem lentas, turvas... Não há pressa em amar-te, isso é só o começo... Me leve até as nuvens, me pegue em seu colo e me faça beber em gotas, faça de seus lábios minha fonte de água cristalina, tão necessária ao meu corpo, como o ar que eu ponho em seus pulmões.
Eu te faço viver.
E você me solta as asas para voar...
Eu te sinto intenso, verdadeiro e eu te mostro o que é amar.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Toda mulher gosta de rosas...



Rosas

Ana Carolina

Você pode me ver
Do jeito que quiser
Eu não vou fazer esforço
Pra te contrariar
De tantas mil maneiras
Que eu posso ser
Estou certa que uma delas
Vai te agradar...


Porque eu sou feita pro amor
Da cabeça aos pés
E não faço outra coisa
Do que me doar

Se causei alguma dor
Não foi por querer
Nunca tive a intenção
De te machucar...

Porque eu gosto é de rosas
E rosas e rosas
Acompanhadas de um bilhete
Me deixam nervosa...

Toda mulher gosta de rosas
E rosas e rosas
Muitas vezes são vermelhas
Mas sempre são rosas...

Se teu santo por acaso
Não bater com o meu
Eu retomo o meu caminho
E nada a declarar
Meia culpa, cada um
Que vá cuidar do seu
Se for só um arranhão
Eu não vou nem soprar...


Porque eu sou feita pro amor
Da cabeça aos pés
E não faço outra coisa
Do que me doar
Se causei alguma dor
Não foi por querer
Nunca tive a intenção
De te machucar

Porque eu gosto é de rosas
E rosas e rosas
Acompanhadas de um bilhete
Me deixam nervosa...

Toda mulher gosta de rosas
E rosas e rosas
Muitas vezes são vermelhas
Mas sempre são rosas...

Porque eu gosto é de rosas
E rosas e rosas
Acompanhadas de um bilhete
Me deixam nervosa...

Toda mulher gosta de rosas
E rosas e rosas
Muitas vezes são vermelhas
Mas sempre são rosas...

Você pode me ver
Do jeito que quiser
Eu não vou fazer esforço
Prá te contrariar
De tantas mil maneiras
Que eu posso ser
Estou certa que uma delas
Vai te agradar...

Um dia vou virar pedra...



Um dia vou virar pedra...
E ficar aqui, olhando nesta direção!!!

Maravilha!!!

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Mais sobre o Tempo...

Preciso de um tempo, onde o tempo não seja opressor das minhas idéias. Preciso eu mesma ser a senhora das horas, onde o tempo não exerça mais do que ser o divisor dos dias e das noites...
Quero o infinito para pensar, para pôr em prática meus desejos e construir com pedras a base dos meus sonhos.
Desejo o tempo necessário para vislumbrar o desabrochar de uma rosa; o nascimento de uma criança; a transformação iminente, ainda que lenta das borboletas e porque não o enrugar de minha face...

Grito de Alerta!

Gonzaguinha

Primeiro você me azucrina
Me entorta a cabeça
Me bota na boca
Um gosto amargo de fel...
Depois
Vem chorando desculpas
Assim meio pedindo
Querendo ganhar
Um bocado de mel...
Não vê que então eu me rasgo
Engasgo, engulo
Reflito e estendo a mão
E assim nossa vida
É um rio secando
As pedras cortando
E eu vou perguntando:
Até quando?...
São tantas coisinhas miúdas
Roendo, comendo
Arrasando aos poucos
Com o nosso ideal
São frases perdidas num mundo
De gritos e gestos
Num jogo de culpa
Que faz tanto mal...
Não quero a razão
Pois eu sei
O quanto estou errado
E o quanto já fiz destruir
Só sinto no ar o momento
Em que o copo está cheio
E que já não dá mais
Prá engolir...
Veja bem!
Nosso caso
É uma porta entreaberta
E eu busquei
A palavra mais certa
Vê se entende
O meu grito de alerta
Veja bem!
É o amor agitando o meu coração
Há um lado carente
Dizendo que sim
E essa vida dá gente
Gritando que não

domingo, 3 de janeiro de 2010

Porque eu sei que é amor

Titãs


Porque eu sei que é amor
Eu não peço nada em troca
Porque eu sei que é amor
Eu não peço nenhuma prova

Mesmo que você não esteja aqui
O amor está aqui
Agora
Mesmo que você tenha que partir
O amor não há de ir
Embora

Eu sei que é pra sempre
Enquanto durar
E eu peço somente
O que eu puder dar

Porque eu sei que é amor
Sei que cada palavra importa
Porque eu sei que é amor
Sei que só há uma resposta

Mesmo sem porquê eu te trago aqui
O amor está aqui
Comigo
Mesmo sem porquê eu te levo assim
O amor está em mim
Mais vivo

sábado, 2 de janeiro de 2010

Como assim ??????????

Os sentimentos podem induzir ao erro e os erros nem sempre são fatores que nos façam aprender alguma coisa ou nos levar a algum lugar. Quem dera eu não acreditasse em Deus, quem dera eu tivesse a certeza que somos o resultado de alguma poeira cósmica em junção com coisa alguma... A vida seria tão mais fácil... A culpa, o medo, as incertezas, o amanhã... Nada disso seria problema na hora de resolver a direção que devemos dar à vida. Carrego minhas culpas, mas o que mais pesa é o medo de errar; acaba que culpa, medo, incerteza e todos os demais sentimentos que nos levam a reflexão, nos encaminham a um buraco negro sem fundo... sempre pensando, sempre pensando e quase nunca chegando ao lugar que quero chegar. Já vivi tanto tempo sem pensar nas coisas, sem medir conseqüências, que agora penso demais, tenho medo demais, e assim como antes, continuo perdida em país estrangeiro. O pior é quando não estou sozinha... Me encontro no meio da arrebentação, e a onda vem vindo... e sei que o que está por vir pode me tirar o ar... Meu peito dói, minha respiração fica contida entre dois lados e não posso me desesperar, e no meio do medo preciso encontrar forças, racionar o ar que me mantém viva. Não tenho direito ao desespero, minha vida depende de como eu a direciono, e nem por isso sou melhor que ninguém, nem valente. Apenas um ser humano tentando sobreviver a si mesmo. Nem meus medos são diferentes de qualquer outro ser. Aguardo então que o vento dê uma direção e instintivamente, sou levada a escolher o lado oposto do que é indicado. Minhas escolhas são sempre as mais difíceis, e minhas estórias nem sempre tem um final feliz, ainda que inesquecível... Vivo assim, não sei até onde nem porque, apenas surge como característica de quem escreve essas palavras. Não sei exatemente qual meu papel nessa estória... fui convidada e entrei de cabeça, mesmo sabendo que todo o esforço poderia não valer nada. Apenas me lanço ao desafio e tento me lembrar de cada momento vivido, afinal de contas, o que vivi ninguém pode tirar de mim. Prefiro que minha vida seja lembrada desse jeito, que eu a vivi em toda intensidade, tenham sido negativas ou positivas, o importante é que eu fiz meu papel, eu vivi, senti o sangue correndo nas veias, não tive medo de continuar, embora o medo existente continue sempre me acompanhando, tomando carona na minha própria sombra... eu sei que ele está lá, num misto de dualidade, antagonismo... Volto a me perguntar se aprendi alguma coisa, o que os sentimentos me trazem? Até onde eu vou seguir ? Qual o resultado que eu espero de mim ? Nada sei... estou hospedada num círculo vicioso, talvez exercitando a paciência que sempre tive orgulho de não ter... A vida é assim, estamos aqui para aprender, embora mais uma vez eu saiba que não sei de nada. Isso é bom. Por fim, o coração segue batento, o ar ainda que difícil entra e sai; e meu instinto de sobrevivência diz o que tenho de fazer para recomeçar mais um dia. Se algum dia eu chegar a conclusão do que sinto agora, vou escrever pra mim mesma. Até lá, não sei...

Livro

Livrinho novo saindo daqui a pouco...
Empolgada, que s'o.... Claudinha vai adorar!!!!