sexta-feira, 20 de novembro de 2009

19/11/2009


De repente, tão de repente
O chão abriu-se sob meus pés e mergulhei profundo na dor Os sonhos rompendo o mundo da fantasia e a realidade fria e escura dando boas vindas no meio da madrugada
Projetos cancelados, viagens paralizadas, perda de direção.
E agora?
Como não afundar junto com as pedras do caminho?
Como sorrir, como imaginar que tudo o que era tão perfeito acabou-se de repente, não mais que de repente??? Como acordarei na manhã seguinte e seguirei minha batalha sem ter comigo o meu escudo? Adaptar-se não é tão fácil quanto parece...
Era tão fácil aconchegar-se no ninho e saber que meu sono era velado.
E agora?
Minhas perguntas tamanhas são como o universo que vejo quando durmo E as respostas nem sempre são conexas ou satisfatórias ou ainda suficientes para aclarar o emaranhado de interrogações flutuantes que moram em minha mente...
Me sinto perdida e sem saber que direção tomar...
Tento me lembrar de quando eu era una, e tinha as rédeas de quem sabe o que é,de quem sabe o que quer.
E agora?
À minha frente, uma nuvem se adianta a cada passo. Não sei onde vou, não sei o que fazer.
Meu lamento é pesado, e eu grito! Eu grito!
Gritar torna meu desespero humano e eu acalanto em meu peito a voz rouca que sofre e estremece montanhas de sonhos enfileirados que estavam a espera de nascer. Me acho tão pequena que não consigo enxergar o quão grande sou e meus medos se tornam maiores que do posso suportar.
E agora?
Uma vez mais, e agora?
Qual será o próximo capítulo? O que vem pela frente?
E agora?
Meus olhos não conseguem te enxergar e teu cheiro vai perdendo a força que tinha dentro de mim... Minhas mãos não te alcançam e não consigo respirar seu ar que durante todo tempo me trouxe a sensação que a vida era diferente. Cada despertar é como acordar no mais escuro dos mundos, e vago como cega a procura de uma luz.
Mais uma vez, só me resta recomeçar...
E recomeço aprendendo de novo a andar, cada dia um passo, acreditando que algo melhor vai acontecer, até porque, se eu não acreditar eu não tenho porque caminhar.
Minha jornada é dura.
Mas duros são meus pés... E sigo adiante, bebendo minhas lágrimas quando sinto sede e fechando meus olhos quando sinto que o cansaço se aproxima da carcaça. Me retiro, me encolho diante dos céus, agradeço o pouco de tudo que tive, e mantenho na lembrança os dias felizes que fazem da minha vida a razão de continuar tentando...
E os dias menos agradáveis, que quase sempre são tantos, eu guardo o mais próximo do coração, para que nunca sejam esquecidos, e assim possam ser evitados.

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