sábado, 28 de abril de 2012

A vida é para Adultos

Depois de uma certa idade, descobri que vivência, traz experiências... e que experiências trazem, em seu conceito, sabedoria e a sabedoria, na essência, é sapiência, que nos presenteia com uma certa dose de paciência (rss)... e mais que tudo, uma tonelada de malandragem pra driblar as armadilhas da vida. Sim, a vida é cheia de armadilhas, a vida é muito boa enquanto a comida vem no prato, quentinha, pronta pra ser digerida, após alguns anos tendo-a no peito da mãe, na mamadeira e nas papinhas que nos chegam à boca, através de aviõezinhos imaginários... Nessa fase, sim, eu digo que a vida "pode" ser cor-de-rosa, ou da cor que cada um assim preferir. Mas vida, vida mesmo, aquela em que ninguém mais nos coloca na frente uns quebra-molas, ah, essa vida de verdade não é pra qualquer um... essa vida de verdade, só serve para adultos! Só gente grande sabe brincar na roda da vida! A vida é para adultos, a vida é à vera, a vida é para os 'fodas' de corpo e alma... nesse sentido, a vida é para os fortes, é para aqueles que estagiaram tomando caixotes nas esquinas da vida. Vi um grafiteiro escrevendo num viaduto, pendurado apenas pela vontade de expressar um recado, um presságio, um aviso aos desavisados: "Não merece o doce, quem nunca provou do amargo". Tá certo, amigo! O que será que já não provastes desta vida? E volto eu a pensar sobre a minha trajetória na vida adulta... como já bebi espuminha de onda, como já comi doce de jiló, como já aprendi, às custas de muita dor, a engolir uma refeição de sapos ensopados! Até que chega uma fase, onde somos aceitos no clube, quando passamos a fazer parte do seleto comitê de direção... e então nos tornamos finórios, astutos, viramos mestres na arte de dar um olé a cada armadilha. Se nos fazem de bobos, foi porque deixamos... aprendemos então, que com a vida não se brinca e que não podemos bater de frente com o poder tão intenso. A sagacidade entra e se instala, aí então, estamos preparados para a grande arte que é viver. Nos tornamos veteranos e graduados, somos o resquício que sobrou na grande turma. Nisso, a vida vira uma briga de cachorro grande! E é aí que se torna um espetáculo! Blefes muito bem pensados... perde-se viço, mas ganha-se expediente, o que vemos, não é bem a realidade absoluta, e cada passo, é milimetricamente calculado. Quem não aprendeu, não chega até aqui... e embora estejamos num patamar elevado, a cada manhã surgem testes e ser superados. Ela é assim, é uma roda, gira e nunca pára... quem pára, é quem não aguenta mais segurar nas grades e deixou-se vencer pela vida... e no fim, sabemos que ela sempre ganha...

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