domingo, 20 de novembro de 2016

Depois eu vejo o que sobrou de mim

Ainda que eu não saiba exatamente como descrever a dor que dói em mim, ela lateja... queima, arde... machuca profundamente, como uma lança transfixando meu corpo. Não sei definir o restante... dói bem mais que isso. Me tira o ar... Fico inerte esperando a próxima pontada... aguardando o momento de enfim perecer. Mas essa dor quase mata... mas não me mata ainda, porque ela tem um porquê... embora eu não saiba qual. Eu não gostaria de estar aqui, eu nunca imaginei que pudesse doer tanto, embora sempre tenha tido a noção do que seria sentir uma dor dessas... Não sei quantificar, não consigo mensurar e não sei se um dia ela acaba. Talvez até o tempo faça com que diminua, mas ela pra sempre vai doer, vai sangrar, vai maltratar os meus passos, a minha fé e a minha esperança. Minha vida depois desta dor, será outra vida, terá outras motivações, um outro significado. Viver com ela, me trará talvez mais dureza ou mais doçura? Mais ou menos apego? Não vou complicar mais ainda os sentimentos... ainda resta um pouquinho de esperança... é só o que me resta... depois...
Depois eu vejo o que sobrou de mim.

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