Minhas escritas são escritas à mão, no papel e lápis... caneta, quase nunca. Acordo de madrugada, com um sentimento no peito, de vez em quando um nó na garganta, uma frase me cutucando a cabeça. Desço a mão no chão, vou tateando no escuro e pego o caderno e o lápis... começo a imaginar onde está a linha e solto palavras... As letras saem bem, ainda que subam e desçam montanhas imaginárias na folha de papel. Às vezes são duas, três linhas... outras vezes o que escrevo vem completo, começo, meio e fim; e preciso escrever rápido, para não perder esse presente que vem de dentro, do alto; talvez pela intuição de minha alma, que sabe que preciso externalizar tais sentimentos. Tem noites que perco o sono e escrevo 4 folhas de uma só vez. Tenho vários cadernos, alguns em casa, outros no trabalho, no carro. Já tentei NÃO escrever no caderno reservado à pós graduação... Mas felizmente, não logrei êxito em nenhuma tentativa de não misturar os enredos... Do trabalho à pós, vou dirigindo, pensando e ouvindo as trilhas sonoras da minha vida (comprei um dvd, piorou... vou vendo os vídeos e conduzindo rumo ao estudo); aí fica difícil se concentrar na aula, entre contratos e legislações... Às vezes tudo se mistura, e vou tecendo uma analogia entre o Direito e o amor, essa foi uma viagem e tanto, fiquei num estado reflexivo tal, que fui parar em outra dimensão. Isso já faz um tempo... Depois eu posto no blog. Geralmente eu guardo meus escritos por um período, até que amadureçam, até que sejam novamente lidos e acariciados por meus olhos... Aí, se ainda concordo com eles, se ainda fazem sentido na minha cabeça e no meu coração, eu os tranfiro para o blog. Mas tem dias que eu acabo que escrever num papelzinho de banco, numa conta de gás, num guardanapo de papel e corro pra cá, pra postar e mostrar ao mundo meus sentidos, sejam intrínsecos ou extrínsecos. É mais ou menos assim que esse blog acontece... Depois de postados, esses fragmentos de palavras escritas são guardadas num baú. Sim, um baú que veio de longe, mas não tão longe, e que é o guardião dos meus anseios, sensações, medos, vontades e tudo mais que estiver escrito. Pois meus escritos são jóias, são meu tesouro, testemunho dos meus sentimentos, descritos de maneira concreta, como elementos corporificados, deixando o abstrato para se tornar poemas de uma vida... nem sempre fácil, nem sempre da maneira que eu gostaria que fosse, mas ainda assim, minha vida, e em capítulos diários... Seja minha vida como for, tenha eu coisas boas ou não pra contar, minha vida tem história... ah, muita história pra contar!
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