sexta-feira, 22 de abril de 2011

E a noite acabou assim...



As cores me embolam a mente, tanto quanto as vejo emboladas entre carnes e mãos... pele com pele, e no meio dessa junção, apenas o suor que escorre entre os corpos ardendo em desejo e fogo... gemidos e beijos. Frutas e línguas ocupando o mesmo pequeno espaço que se contorce em prazer. Olhos semicerrados aguardando o próximo grito de desejos desconexos... enquanto outros olhos concedem imagens eternizadas de sensualidade e comunhão entre corpos e almas. Ofereço-te meu alimento, e me devoras com a fome de cem homens... Acaba em mim tua fúria, perca sua direção em meu verso que te devolvo meu reverso cheio de palavras de amor... O cenário se torna uma louca... loucura insana... me afogo em teus braços de veias pulsantes... sinto teu peito bater forte em meu rosto... e eu gosto dessa surra que me deixa com lábios vermelho sangue... o mesmo sangue que corre em mim... que corre em ti. Santuário de deleites impronunciáveis... Encanto voluntário de delícias percorrendo corpos... eu sinto a pele de seus dedos invadindo meus mistérios. Eu quero... e esse querer não cessa... contínuo como um raio, um trovão que não deixa de trovejar... meu ventre se contorce, e penso em desfalecer... mas seguro um suspiro e nele me restabeleço... eu ainda quero mais. Eu ainda tenho muito que querer... muito que suspirar... me prenda em suas pernas, e mastigue meus cabelos entre sussurros secos e inaudíveis... mas eu sei o que você quer dizer, eu sei o que você quer pedir... E faço com que implore mais de mim... eu quero ainda muito mais. O momento não pode acabar... Eu me presenteio à você... e você brinda ao meu obséquio... você também quer mais de mim, mais de você, mais de nós dois.


E a noite acabou assim...

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