sábado, 29 de junho de 2019

quarta-feira, 26 de junho de 2019

terça-feira, 25 de junho de 2019

Sempre, recomeços


Texto retirado da Internet - O valioso tempo dos maduros

O valioso tempo dos maduros

 Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para a frente do que já vivi até agora.

 Tenho muito mais passado do que futuro.

 Sinto-me como aquele menino que ganhou uma bacia de jabuticabas.
 As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.
 Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.

 Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados.

 Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
 Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha.
 Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos.

 Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário geral do coral.

 As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos.
 Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa...

 Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana, que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade...

 Só há que caminhar perto de coisas e pessoas de verdade.
 O essencial faz a vida valer a pena.
 E para mim, basta o essencial.

Ricardo Gondim

segunda-feira, 24 de junho de 2019

Pra onde eu for, eu te levo, Waltinho

Dia de mudança laboral...
Eu vou, e levo minhas lembranças... todas elas.
Meu irmão, sempre comigo.
Aonde quer que eu vá!

domingo, 23 de junho de 2019

"Se estiver passando pelo inferno, continue caminhando."

Eu estou passando por momentos de muita tristeza. Meus amigos e as pessoas mais próximas sabem disso. Não é segredo pra ninguém, até porque minha cara diz tudo, meu sorriso é amarelado por uma profunda e amarga agonia, me afogo em uma saudade que só faz crescer a cada dia. Meus olhos, perderam a cor, o brilho. Meu riso é de desespero, meus passos, de lamentações. Mas eu sei porque estou triste, eu sei porque minha vida está estagnada com sofrimento. A morte do meu irmãozinho, por si só, já seria de uma tristeza profunda. Mas as condições as quais meu irmão morreu, são trágicas, nojentas e indiscutíveis. Inconcebível, indeglutível. Escrota, talvez esta seja uma palavra que descreva bem a passagem dele: ESCROTA. Trágica e egoísta. Não consigo expressar exatamente o sentimento que me envolve. Escrota... acho que é a palavra mais certa: foi uma morte escrota. Não foi por nossa vontade, mas alheia a nossa vontade. Enfim, tô triste, tentando me manter forte, tentando manter a cabeça fora da lama que nos empurraram. O desabafo de hoje, não é sobre o que sinto. Tou na merda mesmo, sentindo a pior dor que eu poderia sentir em minha vida. Não preciso esconder, não vou negar esse sentimento, porque faz parte da minha terapia jogar pra fora, externalizar... Dizem por aí que um dia vai melhorar... vai, vai sim... no olho do c... de quem fala essas besteiras. Minha dor é pra sempre, até que eu encontre meu irmão novamente... e ponto final. Mas o que me estranha e muito, são as pessoas que vejo nas redes sociais... affff... me dá asco de ver gente que come merda e arrota caviar... tão ferradaços, passando por problemas mil, estão tão infelizes, tanto quanto eu, mas não tem coragem de mostrar as suas dores. Tenho a impressão que querem mostrar o bem que estão, quando na verdade, a realidade é outra. O que posso dizer a essa gente - se alguém se importar em saber, porque se não quiserem saber, fodam-se... é só parar de vir ao meu blog - que a vida é uma bosta mesmo, e que ninguém consegue ser feliz como comercial de margarina, na vida real. A vida é dura, a vida é real e os seres humanos não são tão humanos como a gente gostaria que fossem. Vamos encontrar gente cruel, do mal, o tempo inteiro, porque o mal está em toda a parte, e parece que as pessoas sentem prazer em fazer mal as outras. A vida não tem mais o valor que a mãe da gente ensinou. Hoje, se mata até por R$ 10,00, por egoísmo, por pura crueldade, por inveja, ciúme e o mundo é assim... % tem muito mais gente ruim %, para algumas poucas pessoas boas que encontramos na caminhada. A gente precisa rezar muito, pedir a proteção do nosso Anjo da Guarda, pra que esse povo do mal não passe na nossa frente. Infelizmente, fomos vítimas de gente ruim. Ninguém está livre. Mas a fé em Deus e na Justiça Divina, me mantém de pé, viva e disposta a lutar contra as maldades que assolam minha família. Não vou desistir nunca, vou morrer lutando. #SomosTodosSieczkos e vamos até o fim. Se tiver triste, que eu seja triste, se tiver que atravessar desertos, que eu atravesse meus desertos. Se tiver que chorar, que eu chore. Mas nunca vou deixar de procurar a minha justiça, através da minha fé em Deus, me amparando no amor que existe dentro de mim, porque eu só consigo ser assim. Desde a época da faculdade, minha nota 10 era 10, minha nota 5, era 5... nunca quis uma nota que não fosse minha. Não quero uma falsa felicidade que não é minha, uma ilusão que não seja real. Quero a realidade, quero o que eu sinto, quero o meu sentimento, seja alegre ou infeliz. Eu sou a soma de mim mesma. Não quero o que não me pertence. Não quero frivolidades. Não quero máscaras, não quero fingir que tudo está bem, quando na verdade eu estou passando pela pior fase da minha vida, e com certeza, pode ser que eu nunca consiga superar a perda do Waltinho. Perder o meu irmão, da forma escrota que foi, pelas mãos da maldade, nunca será superado. É ruim demais isso, e eu só peço a Deus forças pra continuar a jornada, porque, parar não é, nem nunca foi uma opção. Eu li uma frase de Winston Churchill, que tem muito a ver com a minha realidade: "Se estiver passando pelo inferno, continue caminhando." Acho que essa frase vai virar meu lema de vida. Tô passando pelo inferno, sim... e não importa o tempo que custe para esse inferno acabar, eu não deixarei de caminhar. 



sexta-feira, 21 de junho de 2019

Lembra de mim

Lembra de mim!
Dos beijos que escrevi
Nos muros a giz
Os mais bonitos
Continuam por lá
Documentando
Que alguém foi feliz...
Lembra de mim!
Nós dois nas ruas
Provocando os casais
Amando mais
Do que o amor é capaz
Perto daqui
Há tempos atrás...
Lembra de mim!
A gente sempre
Se casava ao luar
Depois jogava
Os nossos corpos no mar
Tão naufragados
E exaustos de amar...
Lembra de mim!
Se existe um pouco
De prazer em sofrer
Querer te ver
Talvez eu fosse capaz
Perto daqui
Ou tarde demais...
Lembra de mim!...
Lembra de mim!
A gente sempre
Se casava ao luar
Depois jogava
Os nossos corpos no mar
Tão naufragados
E exaustos de amar...
Lembra de mim!
Se existe um pouco
De prazer em sofrer
Querer te ver
Talvez eu fosse capaz
Perto daqui
Ou tarde demais...
Lembra de mim!...

Compositores: IVAN LINS / VITOR MARTINS


quarta-feira, 19 de junho de 2019

É muita saudade pra se carregar...


Ô meu Deus, será que algum dia esses cacos irão se juntar? Será que algum dia, essa tristeza do tamanho do mundo, vai sair do meu coração? É muita dor pra suportar, é muita saudade pra se carregar. Meu Deus, sinto meu corpo todo doer, minha alma grita.
E isso nunca vai passar.

terça-feira, 18 de junho de 2019

É uma ferida viva, que sangra todo santo dia.

Encontrei uma colega de trabalho na fábrica. Muito querida, uma fofa, que passou pela dor da perda de sua mãe há poucos meses. Ainda está no primeiro estágio do luto. Ainda tenta se adaptar com a falta que mãe lhe faz, ainda tenta se reconciliar com o buraco que vida lhe deu como uma das piores experiências que vida pode nos dar. A gente se encontrou por acaso de manhã cedo, quem sofre uma perda, sabe o sentimento que o outro sente. Abraço. Como isso é bom, terapêutico e tem um valor imensurável. Peito com peito... coração com coração. Essa amiga cuidou de sua mãe com amor e carinho... já tinha bastante tempo que ela corria de cima pra baixo com a mãe, hospitais, UPA´s. Eu acompanhava a lida pelas redes sociais, ou através de outras colegas que me davam notícias. Ela me disse que sua mãe havia morrido segurando a mão dela, e a mão de sua melhor amiga. Amiga de infância, que depois se tornou sua cunhada. Que lindo, que Graça essa senhora teve, de ter sua melhor amiga neste momento, e sua filha também ao seu lado. Meus olhos se encheram d'água... Que bom que Deus pôde proporcionar uma passagem serena, cheia de amor. Ela não teve medo, não estava só, estava em paz ao lado de pessoas que a amavam, em quem ela podia confiar. As amigas sempre disseram que ficariam juntas até o fim, e assim, aprouve Deus . Eu abracei novamente essa amiga, e disse que ela foi abençoada por ter tido a oportunidade de ser boa filha, de poder ter acompanhado a passagem de sua mãezinha, e que ainda tinha a companhia da tia, e melhor amiga de sua mãe. Essa oportunidade de despedida, eu não tive. Esse direito, me foi negado. Eu não pude me despedir do meu irmão. Esse direito natural  me foi extirpado por egoísmo e crueldade. Eu nunca vou me refazer dessa pancada que recebi. Nunca vou perdoar. Nunca vou esquecer, porque é uma dor que dói todos os dias... é uma ferida viva, que sangra todo santo dia. Ninguém em sã consciência, tinha esse direito. Ninguém! Nunca vi isso. Nunca poderia imaginar que pudessem fazer uma coisa tão bizarra assim. Nunca vou me conformar. Nunca, jamais! É um filme de terror que se repete a cada madrugada, uma tragédia mexicana, que por muitos meses, eu tive vergonha de expôr. Mas não fui eu quem cometeu essa maldade, esse desatino. Não fui eu quem cometeu esse crime. Não fui eu quem brecou a despedida de um ente tão querido em seu último adeus. Eu não fiz essa crueldade com ninguém... Não sou capaz de tamanha mesquinhez, pequenez de alma. Eu preciso ter pena dessa alma sem luz que fez isso comigo e com minha família. Mas infelizmente, não consigo. Impossível esquecer e passar por cima, porque meu irmão era, e é importante demais para que eu passe por cima de um sentimento tão forte, um direito meu. É um ressentimento inexorável, impossível de ser resgatado, indelével, não tem como ser compensado, e por essa razão, indigno de ser perdoado. Não há restituição a esse direito. Eu aguardo apenas a justiça de Deus. Eu confio que Deus tem o olho que tudo vê, e que dará à escória, um julgamento justo. Eu já estou condenada a viver cada dia sem o direito a minha despedida, vivo com as lembranças, catando meus caquinhos, tentando me agarrar às minhas memórias, a tudo que eu vivi com meu querido irmãozinho caçula, meu bebê, meu manequinho, meu Waltinho. Que nunca foi deixado de lado. Meu irmão foi amado e cuidado. Waltinho sempre soube que podia contar com a irmã mais velha dele... Waltinho sempre soube que tinha um porto seguro, um refúgio, um lugar pra voltar. Ahhh, se ele tivesse forças. Eu fico aqui com minha dor, eu convivo com a falta que ele me faz, com o adeus que não pude dar. Apenas quem já sofreu essa dor, saberá o que sinto. Apenas quem teve seu direito mutilado, vai saber o que passa no meu coração. Para quem não consegue imaginar o que sinto, coloque-se por 2 minutos em meu lugar. Imagine que você não pôde se despedir de um irmão, ou se você é mãe, imagine, não poder se despedir de um filho... por puro egoísmo, crueldade, calhordice, por gente que não vale nem a merda que caga... Te garanto que não é fácil. Sinto ânsia de vômito... Nem o tempo, nem remedinho, nem toda a terapia do mundo, pode amenizar a dor que grita dentro de mim. Não encontro palavras nesse mundo pra descrever o que sinto sobre isso. Mas tudo que vai... um dia volta. O que se planta, se colhe. Eu quero justiça.

segunda-feira, 17 de junho de 2019

Sobre trabalhar em uma fábrica

Olha só que coisa fofa, eu encontrei hoje de manhã, quando cheguei pra trabalhar na fábrica...
Um grilo falante!
Bati o maior papo com ele. Me contou um monte de fofoca de chão de fábrica!

 Meninaaaaa, fala sério!!!

domingo, 16 de junho de 2019

Meu conforto é saber que você sabia o quanto eu te amava.

Se tem uma coisa que mexe comigo, que na mesma hora vem lágrimas aos olhos, um nó na garganta e uma vontade quase que incontrolável de vomitar, é lembrar do sofrimento que eu não pude te poupar. Ver teus olhos perdidos na imensidão dos pixels, da tela da TV... olhando sem enxergar, absorto em pensamentos que não sei onde te levavam... um misto de desalento e parcimônia. Eu pegava a tua mão e perguntava: meu irmão, quer falar alguma coisa? o que eu posso fazer pra te ajudar? E você me olhava com os olhinhos azuis, amarelados pela doença, tristonhos e cabisbaixos e respondia: "tá tudo bem minha irmã, tá tudo certo". E na verdade, a gente sabia que não estava tudo bem, a gente sabia que não estava tudo certo. Estava tudo muito, muito errado, e eu não sabia o que fazer para amenizar aquele desespero mudo, contido. Chorar ali não era viável, eu não podia... você não queria. A gente engolia o choro, a angústia e eu te abraçava, te mudava de posição, pegava em sua mão e fazia a oração mais cheia de sentimento que eu podia. Pedia forças... pra você, Waltinho, pra mim, pra nossa mãe. Pedia a Nossa Senhora, a Deus... Aqueles momentos ainda latejam dentro de mim, como se fosse hoje. O Câncer é uma doença que maltrata. Vai matando aos poucos, o doente e à família que se desespera sem nada poder fazer. Como eu queria tirar essa coisa ruim de você, meu irmão! Aquela sensação ainda vibra como a dor mais lancinante que eu já senti... Sinto, re-sinto, cada vez que me projeto naquele quarto de hospital, aquele sentimento... Era excruciante... e olha que ali, ainda estávamos em uma UTI "humanizada", onde eu e nossa mãe, ainda podíamos cuidar de você, e manter distância dos cães ferozes que rondavam aquele recinto, prontos pra te levar ao abate. Eu nunca vou esquecer aqueles momentos, Waltinho. Pode passar o tempo que for, a mesma sensação horrorosa vai tomar conta de mim, e lágrimas pesadas e quentes vão rolar no meu rosto, o nó enoooorme na garganta vai impedir o ar de circular, e vou engolir o vômito. Vai doer todo o meu corpo e minha alma. Na próxima lembrança, vou tentar relembrar apenas o grande amor que eu sinto por você, meu irmão. Vou lembrar do carinho que eu te cuidava, das vezes que eu te levantava para sair da cama, sentar na cadeira, sair da cadeira, voltar pra cama... e nada daquilo ali me cansava. Nada daquilo conseguia acabar com o amor que eu sentia naqueles momentos. Muito pelo contrário. Eu pude sentir o amor mais puro que pude conhecer. Cuidava de você, como se você o filho que nunca tive. Graças a Deus eu tive a oportunidade de cuidar de você, meu irmãozinho. Foram aqueles dias no hospital, que foram muito duros... marcaram com fogo o meu peito. Mesmo no meio daquela dor de alma, eu pude dizer o quanto eu te amava, pude cuidar de ti, dar o melhor que eu podia, pra você. Dei muitos abraços, sentia o cheirinho do seu cabelo, o quentinho da sua mão. E de vez em quando eu conseguia tirar um sorriso dos seus lábios, com alguma brincadeira ou algum causo de nossa infância, que eu te relembrava. Eu sinto muito a sua falta. Me dói demais lembrar esses momentos. Preciso expurgar essa dor, preciso conviver com tudo isso, Waltinho. É tudo tão estranho, sinto dor, muita dor. Se eu pudesse, eu trocaria de lugar com você, meu irmãozinho, ver você ali, marcou demais, dói todos os dias, de forma ininterrupta. Nada faz passar isso que eu sinto. O tempo não ameniza, não apaga. Meu conforto é saber que você sabia o quanto eu te amava. Graças a Deus, você sabia o quanto era e é importante pra mim. Meu bebê, meu manequinho, meu maior tesouro, minha melhor herança e a melhor parte de mim. Você vive vivo em mim. Te amo para sempre, meu irmão.

sábado, 15 de junho de 2019

Saudades de mim...




Saudade do tempo que eu ainda era quem hoje não sou mais. 
Minhas dores maiores, eram infinitamente físicas, em comparação a dor constante que lateja em meu peito. Que me corrói a sanidade e que me faz cair em abismos sem fim. Saudade do tempo que meus medos eram menores que minha realidade atual, que tempestades eram apenas dias de chuva bons, pra descansar e ler um livro recostada em montanhas de almofadas. Saudade de mim, quando eu deitava e adormecia pensando nas aventuras que me aguardariam no dia seguinte e em qual roupa eu ficaria melhor. Saudade do tempo que não cultivava tanta saudade... na totalidade, sofrida e doída, saudade essa que me parte o coração em cada respiração. Saudade de mim, do meu riso, antes tão fácil, e a esperança constante que seria capaz de abraçar o mundo num mesmo fôlego. Saudade de tudo que vivi, numa época que não existia saudade... que não existia choro nem tristezas, e viver era sempre um sonho diário. Saudades de mim... que já nem lembro mais como eu era assim.

sábado, 8 de junho de 2019

Meus pequenos tesouros, minhas mais guardadas lembranças


 Meus pequenos tesouros, minhas mais guardadas lembranças, ai que saudade, meu irmão. Queria tanto conversar com você, ouvir sua voz, saber de ti... Ai, quem me dera que no céu tivesse hora de visita, tempo para um telefonema. Só fico no aguardo dos meus sonhos, poder te abraçar e conversar com você nos sonhos que eu tenho. Saudade que aperta o peito. 


Você pedia um joelho de queijo e presunto, e eu levava fresquinho pra você. Nesse inferno que você morava, não tinha joelho, nem mineirinho... mas irmãzinha levava pra agradar você. Era só um pedacinho... você cheirava o joelho e comia só um pouquinho. Eu sinto tanta saudade. 


Eu nunca vou me refazer... isso é uma perda constante, todo dia dói, todo dia a ferida abre, machuca, lateja, sangra. Não consigo aceitar a forma que te fizeram partir. Maldade! Mas o meu amor é maior que a crueldade do mundo. Não foi só a doença... não foi apenas o câncer que foi cruel e maldito... não foi...


Adorava cozinhar pra você, sem gordura, sem carboidrato, só com amor. Comida feita com todo o amor do meu coração. Comida imantada, cheia de amor e carinho, só pra você, meu irmãozinho.

 Irmãzinha te ama, vai te amar pra sempre, todos os dias da minha vida. Até o dia do nosso reencontro. Te amo tanto, meu irmão, chega a doer.

quarta-feira, 5 de junho de 2019

Dietinha da tarde


- 1 Banana amassada
- 4 colheres de leite desnatado
- 2 colheres de aveia em flocos
- 1/2 colher de chia

#dietajá

segunda-feira, 3 de junho de 2019

domingo, 2 de junho de 2019

Falta tudo, nada mais é igual.

Um dia desses, atravessando a  rua eu vi um "caidinho" igual ao seu, meu irmãozinho. Aquele carrinho quadradinho que eu te ajudei a comprar. Seu carrinho quadrado que em algumas vezes foi seu lar... seu refúgio, seu quarto, nas horas que você precisava fugir do demônio que te atormentava anos a fio... Claro que eu comprei o carro pra você. Fiz o empréstimo no dia do seu aniversário. Eu gostaria de ter feito mais... muito mais, mas eu não pude. Fiz o que estava ao meu alcance. Você sempre soube que podia contar comigo, até o  meu limite mais longínquo. Eu nunca te deixei na mão. Você sempre foi o meu irmãozinho, meu manequinho, a minha maior herança, meu maior tesouro e a melhor parte de mim. Isso me afaga. Graças a Deus, eu fiz o que pude para te dar alegria, pra te dar o conforto que nunca jogou na cara. Fiz o que pude, com amor e faria muito mais ainda. Meu bebê, meu irmão, meu menino malcriado, que nem sempre estava por perto - fisicamente - mas que nunca ficou longe do meu coração, da minha vida, das minhas histórias... memórias. Eu ainda sinto a mesma saudade, desde o último dia que te vi com vida, antes que a maldade, te levasse pra longe de nós. Eu, nossa mãe, nossa família, nossos amigos, que não tivemos o direito de dizer adeus. Eu nunca vou me conformar, não foi só a morte, foi tudo, toda a história escrota, que a escrota nos brindou. Deixou marcado! Gente ruim tem em todo canto... só não sabia que estava tão perto de mim. Perto de nós. Crueldade, é a palavra pra descrever o fim da sua vida, da nossa história. E ainda tem gente que se faz de vítima. Eu sei que dói... dói demais em mim, tem um buraco que arde, vivo, aqui no meu peito. Falam as bocas, que o tempo faz passar... risos, risos... essa gente não sabe o que fala. A saudade cresce, cresce tanto que transborda, afoga os dias... não tem essa de diminuir... nem se acostumar... balela... palhaçada de gente que nunca perdeu a quem se ama... ainda mais da forma que nós perdemos você. História feia de se contar... ter vivido isso, então... putz... beira a podridão humana. Escória! Nunca ouvi uma história dessas, até o momento que vivi, senti na pela a falta do adeus, aquele momento que nunca imaginei passar... e não passei. Foi pior. Não acreditar nessa realidade árdua. Dói, dói demais e nada poderá doer mais que isso. Foi o pior que poderia ter me acontecido, a dor mais doída, mais lancinante, fatal. Sou morta viva. Falta um pedaço de mim que não sei explicar, só dói... dói demais que depois desse tempo todo, ainda arde, pulsa, um dor que sabe como se fazer presente, 24 horas do dia. Não sei até quando essa ardência vai latejar... ninguém me explica... quem disse que passa, não conhece que dor é essa. Falta alegria no viver, dias sempre nublados, a tristeza consegue apagar a força do sol. Falta o que não dá pra repor. Falta você, meu irmão. Falta a sua presença, sua risada, sua alegria quando falava comigo. Falta tudo, nada mais é igual. Depois de tudo, só sei que ao atravessar a rua, vi um quadradinho igual ao seu... a última vez que vi aquele que te dei... ele estava cabisbaixo, pneus arriados, empoeirado e solitário. Também com saudade do dono, que nunca mais veria. Não dá pra não lembrar... não tem como esquecer... então, eu transbordo mais uma vez.