Em memória do Soldado Pedro Lucas Ferreira Chaves, o jovem de 19 anos que desde criança sonhava em tornar-se um Paraquedista do Exército Brasileiro.
Estava em seu 3º salto para então, trocar o coturno preto, pelo tão almejado BUTE MARROM. Infelizmente, ficou preso à fita do paraquedas principal, na fuselagem do avião... e ao finalmente se desvencilhar, o paraquedas reserva charutou e o soldado chegou ao solo, infelizmente, faleceu em decorrência da queda.
Me entristece profundamente, saber que um sonho fora interrompido por uma razão tão primária. Não sei o que ocorreu na aeronave, mas sei que o treinamento na área de estágio é tão rigorosa e genuína, os instrutores tão austeros e diligentes... não cumprem somente os ensinamentos físicos... mas também é trabalhado o lado emocional, para sobreviver às tensões, para que o soldado tenha um comportamento conspícuo, que possam manter a serenidade em momentos de tensão. A Brigada de Infantaria Paraquedista formam valorosos guerreiros, que não tem medo de nada... Costuma-se dizer, inclusive, que todo paraquedista é "maluco", "doido", para saltar de uma aeronave em movimento, tão alto... e é essa uma das razões que eu mais me orgulho dessa grande família paraquedista, porque são os melhores, são os mais audazes... e eu tenho um orgulho infinito de ter em minha família esses bravos guerreiros. Waltinho e Victor, meus irmãos caçulas, meus heróis, meus eternos heróis paraquedistas, que também não tem medo de nada!!! É faca na caveira, porra!!! É Selva, é tudo aquilo que guerreiros de verdade precisam para conquistar as honrosas asas de prata. Eu tenho muito amor pela Brigada Paraquedista... Pelas informações que eu busquei sobre o guerreiro Pedro Lucas Ferreira Chaves, o menino desde criança, sempre foi "doido" para chegar à Brigada. Coisa que vem no sangue, não adiantaria em nada, ninguém dissuadi-lo deste sonho. Ele já era Guerreiro desde criança, já trazia nas veias a vontade de sentir o vento batendo na cara, a vontade de sentir o cheiro das nuvens e se colocar à disposição da missão dos condores. Guerreiro Alado, que feneceu ouvindo o roncar dos motores, mas que infelizmente não tinha asas para um voo soberano e seguro que o trouxesse de volta à terra para continuar sua missão. Mas todos aqueles que sentem no pulsar de suas veias, a mesma vibração, característica dos Guerreiros Alados, sabem que o soldado menino, filho e irmão aqui na terra, findou seu sonho naquilo que ele sempre desejou. Nenhuma palavra, claro, vai acalentar o coração desta mãe, porque antes de ser guerreiro, ele era filho. Mas rezo aos céus que esta família seja acolhida por todos os paraquedistas, assim como eu e minha mãe fomos recebidas quando meu irmãozinho Walter Sieczko dos Santos, subiu para a ZL de Deus. Que meu irmão e todos os outros companheiros, Guerreiros Alados, que descansam no ninho das águias, recebam o Pedro Lucas com toda a Glória e que os guerreiros que aqui ficaram, abracem esta família que sofre a perda de seu filho amado. Nenhum paraquedista deixa de ser paraquedista, uma vez guerreiro audaz, para todo o sempre guerreiro audaz. Descanse, menino Pedro, grande guerreiro que agora faz parte dos paraquedistas celestiais!
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