sexta-feira, 5 de junho de 2020

Te procuro em outros rostos... 2009


Eu encontrei um caderno antigo... muito antigo... da época que criei esse cantinho-blog onde eu coloco todas as minhas coisas e sentimentos... abri o caderno e me deparei com versos de amor. Amor... Nesta época eu ainda não havia provado as perdas que os últimos anos me deu... Deu e tirou pessoas com as quais eu tive histórias, muitas histórias e laços indissolúveis que ainda, mesmo após a separação física, me mantém ligada a estes.
Mas me surpreendi em relembrar uma Andreia que eu já havia esquecido,  uma outra pessoa, que só sofria de amor! Hááááh... e eu que pensava que sofrer de amor físico/carnal era a pior das dores, como fui tola em imaginar que esse sentimento fosse o maior de todos... nada se compara com a dor da perda de um pedaço de ti mesmo, perder de vista seu sangue e sua referência... como dizem por aí: a vida ensina... e estou aprendendo a conviver com esse sentimento de perda, do luto de um familiar, parentes, amigos que estão indo e me deixando dores com as quais venho tentado sobreviver a cada dia a elas. Isso me transformou, não existo mais no passado que eu fui. Hoje, uma saudade tão presente, uma dor tão intensa e infinita para essa vida material.

Mas confesso que viajei na Andreia do passado, nas historinhas de amor que vivi, que foram muitas, mas nada comparado à realidade que vivo agora. Como o blog começou com histórias de amor ardentes, com figuras/players que nem existem mais na minha vida, até porque hoje vejo que no geral todos foram fiascos, não tenho coragem de jogar os cadernos e as lembranças fora... Provavelmente, servirão de consolo, como assistir novamente uma novela tipo, Vale a Pena Ver de Novo! Não vou jogar fora nenhuma das minhas histórias, por isso, vou reescrevê-las aqui, de forma a eternizá-las. Foram minhas experiências, num passado nem tão longínquo. 



Te procuro em outros rostos...
Eu queria ser a sua alegria, eu queria ser a maior expectadora das suas brincadeiras, a pessoa que mais ri das suas risadas, a enfermeira dos teus ferimentos, a manhã ensolarada dos teus dias. Eu queria ser as letras que preenchem seus cadernos. Eu queria ser os passos do teu caminho, queria ser a paisagem mais bonita dos seus olhos, queria ser o ar que te mantém vivo, queria ser o corpo que te aquece, nas noites de frio.
ano/2009

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