domingo, 26 de março de 2017

26/03/2017 - 18:00h

Waltinho, 

Hoje completam 2 meses, 60 dias sem você neste plano e 62 dias desde que pela última vez, ouvi sua voz, e senti seu cheirinho, e abracei você, meu irmão.

Essa semana foi bem difícil... tanta coisa passando pela minha cabeça, olhos transbordantes... não teve jeito, transbordei várias horas e de várias maneiras... No elevador, eu pergunto às paredes onde você está? Cadê meu irmãozinho, cadê, cadê???
Tão difícil... não é que eu não aceite, mas é que eu não acredito. Parece que estou vivendo um pesadelo... eu durmo, acordo, mas o pesadelo não acaba.  Eu falo com você o tempo todo. Você me escuta, meu irmão? Fico lembrando nossas conversas diárias pelo celular, uma linha única da TIM, só pra poder falar com você todo o tempo, a hora que quiséssemos... e agora, meu irmão? Aonde você foi? Que saudades!
Todos os dias às 18:00h em ponto eu penso novamente em você... Hora de Nossa Senhora, embora eu tenha sentido sua presença por volta das 16:30h...


Hoje neste dia, na parte da manhã, fizemos uma celebração no Ramatis, magnífica... você esteve no Ramatis comigo, tomou passe algumas vezes, lembra? Foi um bálsamo ter estado lá... um carinho no nosso coração. Eu vibrei todo meu amor e toda minha energia de carinho e ternura. Sua mãe e eu choramos... Nunca imaginei passar por essa tristeza, meu irmão. Foi lido seu nome: " Walter Sieczko dos Santos ". Como sempre, erram a nossa grafia e falaram o sobrenome errado... ninguém consegue ler o Sieczko. Sempre assim... já nem me surpreendo.  O ambiente estava com muita vibração. Senti a presença de amigos espirituais... senti, meu irmão... cantei baixinho o hino dos paraquedistas pra você, antes de começar a solenidade... fiz a oração de Caritas, a mesma que eu fazia enquanto estava com você no hospital, e você cansado, deitava a cabeça no meu peito e eu massageava devagarzinho as suas costas, tão doídas de ficar tanto tempo deitado. Como eu rezei ali com você, meu irmão. Como eu pedi a Deus por ti. Foram muitas, muitas orações, segurando sua mão... a pele tão amareladinha... Meu Deus que dó! Essas coisas eu vou levar comigo, pra sempre...Graças a Deus, eu tive a oportunidade de estar um bom tempo com você! Que bom que você quis minha presença, e que bom que eu pude estar ao seu lado. Eu agradeço muito a Deus. Tudo na vida tem um porquê, meu irmão... e eu sei que você cumpriu a missão que a ti foi delegada no plano espiritual. Eu só sinto muita saudade.

De tarde, fizemos a sua missa. Foi tão bonita... Estamos conectados pelos laços do amor, pelos laços de família, pelos laços de sangue. Nada nem ninguém pode me tirar isso. Meu irmão, meu manequinho, meu primeiro amigo, minha herança, meu maior tesouro, e  a melhor parte de mim... Essas palavras, se tornaram um mantra... fico repetindo isso pra mim mesma, e vou falar até o último suspiro meu... até que meu coração pare de bater, você vai continuar sendo a pessoa mais importante da minha vida. Não se esqueça das minhas palavras na nossa despedida, repito e reitero todas as palavras. Não te esqueço um só momento, meu irmão. Mas são lembranças boas, vibrações de amor! Você pra mim, foi o filho que eu nunca tive. E que nunca vou ter. A dor que sinto, é assim. Fica um vazio... oco, frio, sem respostas...




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