Ela não olha porque não quer.
Ela não olha porque não pode
perder-se em quimeras conflitantes com seu cotidiano ainda mais conturbado.
Mas
anseia pelo toque, por renovar o gosto que guardou em sua boca, num ato de
insanidade, um grito sufocado de desejo, de vontades que não podem ser
extintas.
Fica o sentimento contido, limitando o natural que emerge de dentro
de si. É loucura unilateral... um atentado, uma autognose, suas expectativas e
principalmente a sua fé, testando até onde o espírito aguenta o peso da carne.
Ela só queria ser feliz, ainda que pouco, ainda que infimamente... queria
provar novamente das belezas da vida, sem limitações, sem pontuações sobre o
que deve ou não sentir.
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