quarta-feira, 25 de abril de 2018

Perder-se em si



Ela não olha porque não quer.
Ela não olha porque não pode perder-se em quimeras conflitantes com seu cotidiano ainda mais conturbado. 

Mas anseia pelo toque, por renovar o gosto que guardou em sua boca, num ato de insanidade, um grito sufocado de desejo, de vontades que não podem ser extintas.

Fica o sentimento contido, limitando o natural que emerge de dentro de si. É loucura unilateral... um atentado, uma autognose, suas expectativas e principalmente a sua fé, testando até onde o espírito aguenta o peso da carne. 

Ela só queria ser feliz, ainda que pouco, ainda que infimamente... queria provar novamente das belezas da vida, sem limitações, sem pontuações sobre o que deve ou não sentir.




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