A saudade é tão concreta, que
meus olhos viram nascentes.
A voz embarga e se torna difícil
até respirar.
Tudo emerge, lembranças vem à
tona e minhas nascentes, antes tão singulares, se transformam em cachoeiras.
Me sinto tão incompleta,
porque a partir desse adeus tão quimérico, nesse contrassenso faltará pra
sempre um pedaço de mim e eu não entendo como posso viver sendo uma metade.
Tenho preguiça de me fazer
entender.
Essa saudade dói demais em mim
para que eu me explique e me importe em tentar fazer alguém também me entender.
O mundo gira em slow motion,
nada mais faz muito sentido, e eu não me sinto parte daqui.
Estou aqui, mas não sou daqui.
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