Hoje eu ouvi esse texto, e na mesma hora pensei: esse homem é um mestre. Sim, ele é um mestre, um ser de luz, uma existência especial. É preciso estar com o coração aberto pra deixar as palavras fazerem efeito dentro do coração. Leia devagar... leia com a alma!
Se
Se, ao final desta existência, alguma ansiedade me restar e conseguir me perturbar. Se eu me debater aflito, no conflito, na discórdia… Se ainda ocultar verdades para ocultar-me, para ofuscar-me com fantasias por mim criadas… Se restar abatimento e revolta pelo que não consegui possuir, fazer, dizer e mesmo ser…
Se eu retiver um pouco mais do pouco que é necessário e persistir indiferente ao grande pranto do mundo…
Se algum ressentimento, algum ferimento impedir-me do imenso alívio que é o irrestritamente perdoar, e, mais ainda, se ainda não souber sinceramente orar por quem me agrediu e injustiçou…
Se continuar a mediocremente denunciar o cisco no olho do outro sem conseguir vencer a treva e a trave em meu próprio…
Se seguir protestando, reclamando, contestando, exigindo que o mundo mude sem qualquer esforço para mudar eu…
Se, indigente da incondicional alegria interior, em queixas, ais e lamúrias, persistir e buscar consolo, conforto, simpatia para a minha ainda imperiosa angústia…
Se, ainda incapaz para a beatitude das almas santas, precisar dos prazeres medíocres que o mundo vende…
Se insistir ainda que o mundo silencie para que possa embeber-me de silêncio, sem saber realizá-lo em mim…
Se minha fortaleza e segurança são ainda construídas com os materiais grosseiros e frágeis que o mundo empresta, e eu neles ainda acredito…
Se, imprudente e cegamente, continuar desejando adquirir, multiplicar, e reter valores, coisas, pessoas, posições, ideologias, na ânsia de ser feliz…
Se, ainda presa do grande embuste, insistir e persistir iludido com a importância que me dou…
Se, ao fim de meus dias, continuar sem escutar, sem entender, sem atender, sem realizar o Cristo, que, dentro de mim, Eu Sou, terei me perdido na multidão abortada dos perdulários dos divinos talentos, os talentos que a Vida a todos confia, e serei um fraco a mais, um traidor da própria Vida, da Vida que investe em mim, que de mim espera e que se vê frustrada diante de meu fim.
Se tudo isto acontecer, terei parasitado a Vida e inutilmente ocupado o tempo e o espaço de Deus. Terei meramente sido vencido pelo fim, sem ter atingido a Meta.
Se eu retiver um pouco mais do pouco que é necessário e persistir indiferente ao grande pranto do mundo…
Se algum ressentimento, algum ferimento impedir-me do imenso alívio que é o irrestritamente perdoar, e, mais ainda, se ainda não souber sinceramente orar por quem me agrediu e injustiçou…
Se continuar a mediocremente denunciar o cisco no olho do outro sem conseguir vencer a treva e a trave em meu próprio…
Se seguir protestando, reclamando, contestando, exigindo que o mundo mude sem qualquer esforço para mudar eu…
Se, indigente da incondicional alegria interior, em queixas, ais e lamúrias, persistir e buscar consolo, conforto, simpatia para a minha ainda imperiosa angústia…
Se, ainda incapaz para a beatitude das almas santas, precisar dos prazeres medíocres que o mundo vende…
Se insistir ainda que o mundo silencie para que possa embeber-me de silêncio, sem saber realizá-lo em mim…
Se minha fortaleza e segurança são ainda construídas com os materiais grosseiros e frágeis que o mundo empresta, e eu neles ainda acredito…
Se, imprudente e cegamente, continuar desejando adquirir, multiplicar, e reter valores, coisas, pessoas, posições, ideologias, na ânsia de ser feliz…
Se, ainda presa do grande embuste, insistir e persistir iludido com a importância que me dou…
Se, ao fim de meus dias, continuar sem escutar, sem entender, sem atender, sem realizar o Cristo, que, dentro de mim, Eu Sou, terei me perdido na multidão abortada dos perdulários dos divinos talentos, os talentos que a Vida a todos confia, e serei um fraco a mais, um traidor da própria Vida, da Vida que investe em mim, que de mim espera e que se vê frustrada diante de meu fim.
Se tudo isto acontecer, terei parasitado a Vida e inutilmente ocupado o tempo e o espaço de Deus. Terei meramente sido vencido pelo fim, sem ter atingido a Meta.
José Hermógenes de Andrade Filho
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