Tem dias que a tua ausência bate mais forte, a saudade machuca muito mais. Às vezes, penso que estou a um segundo da loucura, prestes a perder a urbanidade, a capacidade de viver em sociedade e a vontade de gritar é tão grande, que abafa as lágrimas dentro da alma. Nesses dias, eu preciso ter cuidado para não ultrapassar os limites esperados por terceiros, mas me falta ar, e junto falta a paciência de sentir dor, sentir saudade, ter entendimento no porquê das coisas. Então tudo se mistura, perco a sensibilidade de saber quem sou, onde estou, estou no limite.
Meu refúgio, eu só encontro na oração, na comunhão com a força suprema que criou tudo o que vejo, tudo o que sinto... Forço meus pulmões a respirar lentamente, bem devagarinho, como se cada sopro fosse uma molécula de esperança... e assim se faz, assim acontece. Nesses momentos eu recupero meu juízo, retomo meus sentidos, e volto ao ponto. Mas nem tudo isso, apaga a saudade, nem ameniza a tristeza e tampouco recolhe essa dor.
Eu só sei que preciso continuar seguindo, andando, indo não sei pra onde, mas confiando que estou no caminho certo. Então prossigo, sem ter certeza do que a vida quer de mim, mas sabendo que alguma coisa no final de tudo será esclarecido.
Assim passam os dias, assim passarão outros dias até que o dia certo chegue. Tudo tem seu tempo, e tudo chega na hora certa. Esse é um dos mistérios da vida, seguir adiante, confiando que Deus tem uma missão para cada um de nós.
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