terça-feira, 15 de maio de 2018

Milton dos Santos - 15 de maio & Família

Hoje seria aniversário do meu avô Milton dos Santos, pai do meu pai, Valter Rodrigues dos Santos. Filho de Rosária Fiori dos Santos e Adelino dos Santos, meus bisavós paternos.  Assim como meu pai fez com os filhos, meu avô Milton abandonou meu pai à própria sorte. Assim como meu pai, meu avô também criou filhos que não eram seus... Meu pai foi filho único do meu avô. Lamentável como o ciclo se repete, lamentável como o ser humano não tem força de vontade para quebrar as maldições do passado. A vida segue... seguiu... Lembro de quando eu tinha uns 7, 8 anos, meu avô apareceu em nossa casa... Lembro que ele dormiu aquela noite em minha cama, e passou a noite toda chorando baixinho e pedindo perdão. Eu não entendia aquilo... não sabia a que se referiam aquelas palavras, eu via que ele estava muito quebrantado pela vida. Mas eu não tinha muito contato com ele, por esse motivo, pouquíssima intimidade, o que fez com que eu mantivesse certa distância daquela pessoa, que minha mãe dizia ser meu avô. Uma pena que eu não pudesse abraçá-lo e acarinhá-lo, eu nem me lembrava dele... enquanto eu crescia, ele babava os netos de outrem. Tanta coisa errada que a gente vê nessa vida; tantas coisas que poderiam ter sido diferentes. E hoje, eu só me pergunto: como seria ter tido avô? Meu avô russo, Wlozmiers Sieczko, pai de minha mãe, morreu quando eu tinha uns 3 ou 4 anos... lembro muuuuito pouco dele, pois ele vivia em Santos, litoral de São Paulo; e tampouco foi um exemplo de pai para minha mãe e meus tios. É tanto pesar, tanta falta de amor, que só de pensar, em tudo que deveria ser e nunca foi, dói. Bom, vô, eu pelo menos quero agradecer por minha vida, por meu nascimento que veio também de ti, da minha avó Alda Rodrigues, de meus bisavós Adelino e Rosária - por parte de pai, e meus avós maternos, Maria Dittmann Sieczko e Wlozmiers Sieczko, e meus bisavós maternos, Ana e Ignácio Dittmann, meus tataravós Maria e Alexsander Fiodorovit Sieczko, Ana Schultz, Yustin, Fran e Julia Dittmann, Ana Morra Fiori, Francisco Fiori. Um monte de gente, que estiveram nesta terra antes de mim, que caminharam, fizeram seus acertos e seus erros... até chegarem aos meus pais: Nina Celia Sieczko dos Santos e Valter Rodrigues dos Santos, casados em 1970 e separados em 1981. E assim, nesse lapso temporal, nasci eu, nasceu o Waltinho - Walter Sieczko dos Santos... e por aí segue a vida até hoje. Waltinho, meu amado e tão querido irmão, já se foi, está ao lado da nossa família espiritual convivendo com pessoas que eu não conheci (pelo menos nesta existência), mas que eu amo, pois sei que são minha linhagem e que trago deles algumas características - embora eu nem saiba!!! Eu sou grata. Por tudo o que foi, mas também pelo que não deu pra ser... Ninguém é perfeito. Quem sabe, com a misericórdia de Deus, um dia a gente se acerta... se esbarra entre uma reencarnação e outra. Família é projeto de Deus, e essa miscelânea de gente, da Russia, Polônia, Alemanha, Itália e Brasil, está conectada no universo, através da permissão do Senhor de todas as coisas, por que, deve haver algum motivo: família. Enfim... comecei a postagem de uma maneira, e acabou maravilhosamente de outra; porque na verdade, eu não devo julgar a quem eu nem conheci. Por isso eu agradeço, eu só agradeço a cada pedacinho desse DNA que fez de mim, quem sou. A soma de todos que aqui passaram, meu sangue. Que todos estejam em paz, de acordo com a consciência das coisas boas ou ruins que praticaram. Ninguém é tão bom que não possa ser ruim... nem tão ruim que não possa bom em alguma coisa. Hoje eu sinto saudade e gratidão... e que por favor, família espiritual, estejam cuidando do meu irmãozinho, e dando a ele todos os beijos e abraços que ainda ficaram em mim. Beijem por mim, e o abracem por mim e por cada um de vocês, todos os dias, multiplicado por 1.000
Eu ainda assim, continuo acreditando que família é tudo de bom, com todos os defeitos e qualidades de cada um de nós: Família Dittmann Sieczko Rodrigues Santos Fiori. 


Andreia Sieczko

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