quarta-feira, 14 de julho de 2010

Fogos


O fogo que te queima, não é o mesmo que nasce de mim. Meu fogo implode, gera luz, calor. Eclode planetas, reaviva estrelas, calenta a lua em noite fria. Esse fogo é minha endorfina, estou dentro dele, meu coração bate aquecido por ele. Meu fogo não se apaga, porque eu vivo no interior de cada célula de energia que dança em contato com o ar.




Dance, fogo, dance, misture essa magia, sincronizando o descompasso, que eu te agito, te satisfaço, e lhe prometo nunca me despedaçar em seus beijos, pois meu murmúrio lascivo já é a lenha pra te alimentar. Vire-me de lados e me faça sentir esse sol em minha pele.


Te sinto em minhas veias, te sinto da ponta dos dedos à base do meu corpo, sou tua fera macia, sou teu gado, desarmo meus medos e teu calor me vicia. Essa fogueira é minha casa. Meus pés pisam a brasa, adormecidos na paixão que trago em meu peito. E meus lábios incandescentes de desejo param de sorrir, apenas pra sentir o calor dos lábios seus. O fogo crepitante em meus ouvidos, não permite entre nós dois, uma convivência opaca. Nosso amor é fogo, é desejo, é a emoção renitente que agoniza com a avidez de seus silêncios gritantes em nossos delírios.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe aqui sua mensagem