quarta-feira, 28 de julho de 2010

Fome, muita fome!


Existem muitas formas de fome. Tem fome de pão, tem a fome da carne, tem a fome espiritual, fome de vida, fome de amor. Tem a fome de sol, da chuva que precede o plantio, tem a fome de artes, fome de alegria, fome de silêncio e gritaria. Mas tem também uma fome diferente... fome do sangue correndo quente nas veias, borbulhando inquietudes, ansiedades ardentes. Fome do início, do mistério, da delícia que é conhecer algo; até então, desconhecido. Isso é fome, mas é mais que fome, é gula! É o querer mais, cada vez mais... É a fome do cheiro, do suor que escorre pela pele, e então, matar a fome e a sede em seus próprios líquidos. É a fome do sexo, da volúpia, da luxúria que faz tremer os corpos... pernas bambas e noites sem dormir. É a fome. Essa é a fome que eu digo. A fome de beijos intensos, hálitos conexos e olhares inebriantes. Fome que denuncia sentimentos. Fome que paralisa o momento, fome que faz arrepiar os pêlos com o ar quente que sai das narinas. Fome de abraços infinitos entre corpos que se entrelaçam. Essa é a fome que tenho. Irremediavelmente... Tenho fome!
imagem retirada do google imagens (e que imagem!)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe aqui sua mensagem