Esses passos, que castigam tua alma crua de meus abraços e tuas frases prolixas são as pistas que me fazem retornar a ti. Sim, atos e palavras convergem... mas em sentidos opostos, e isso no momento valem as palavras que não podem ser ditas. As horas passam porque é impossível ao tempo parar. O tempo não sabe ficar sossegado; e essa ânsia de movimento é o que faz os ponteiros andarem... O simples fato de não saber, é o que o faz saber, mesmo sem saber o porquê do que está fazendo. E esse movimento não linear, pode ser eu, pode ser você; ou pode ser o mundo dando encaminhamento às coisas da maneira que devem ser feitas... apenas porque assim deve ser. Nada mais. Não há mistério, não há vingança, não há porquês! Apenas o rio cruzando seu curso, porque esta é sua finalidade... Todos os senões, enfileirados, maculados, à porta de sua mente confusa e inócua, à espera de resultados que nem sempre agradam a todos os gostos. Assim, mais um ciclo se refaz. Mais um dia termina e uma manhã logo começa, trazendo em seu íntimo, todas as dores da madrugada... E os ponteiros passando, assim como os dias sem cor, riscados no calendário da sua vida.
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