quarta-feira, 10 de maio de 2017

Meu irmão, um Poderoso Chefinho!

Waltinho, meu amado irmãozinho... Não há como eu me esquecer de você! Mais vivo que nunca em meu coração!

No último fim de semana, fomos ao cinema, Luiz, eu e mamãe. Ela está muito chocada e despedaçada com sua ida para o outro lado da vida. Também estou, mas ela é mãe, você nasceu da barriga dela, então deve imaginar o que nossa mãe está sentindo. Foi ela que me deu você, lembra? Então, levei-a a passear, desopilar um pouco a mente. Até pensamos em assistir o filme A CABANA, mas pensando melhor, decidimos que não estávamos prontas pra assistir um filme com essa temática (eu li o livro há uns anos atrás, conheço a história...). Compramos pipoca... e fomos assistir O PODEROSO CHEFINHO, um desenho animado, essencialmente para crianças. Quando entramos o cara do cinema viu "1 senhor e 2 senhoras" e acho que ficou olhando em volta, procurando uma criança!!!! Ahhhhhhhhhhhh!!!! Dentro do cinema, muitas mães, muitos carrinhos de bebê e muita criança, claro! O filme é muito engraçadinho... 
É sobre a chegada de um bebê novo na família... o filho que até então era o filho único, se sente ameaçado com a presença do bebê... Claro, todas as atenções são para ele... o bebê precisa de cuidados e o "filho único", que virou irmão mais velho, se sente preterido. Muitas coisinhas reais que vemos em muitas famílias, mas que NUNCA aconteceu com a gente. Eu sabia que na barriga da mamãe tinha um neném. Até ganhei uma caminha nova, porque eu já ia dar meu berço pra você... E você chegou daquele jeitinho que eu já te contei... Lembro de tudo, com muita riqueza de detalhes, como se fosse ontem - ahhhh, se o tempo pudesse voltar - e eu te recebi como meu. Meu presente, meu irmãozinho, meu manequinho que fazia xixi e côcô de verdade. Te amei no instante que te vi, ainda enroladinho na manta... e nossa mãe foi desembrulhando você, meu presentinho! Ri e chorei num filme de crianças... que era só pra rir... Mas é que não dá pra deixar de fazer analogias com nossa infância. Quanta saudade, meu irmão. Não deixo de pensar em você, um minuto sequer, Walter Sieczko dos Santos! 
Eu tenho nossas melhores lembranças, meu irmãozinho. No filme, o irmão mais velho no início não gosta do caçulinha, mas depois eles brincam e sentem aquela sintonia que só os irmãos tem... O mais velho ganha um amigo, e o mais novo, ganha um irmão que vai ser seu herói, seu protetor, aquele que vai apresentar os brinquedos, as novidades, os jogos; irmão mais velho é aquele que ensina ao caçula, o que é a infância, o que é a vida. O pequeno vai seguir o irmão mais velho em atitudes, manias, vão aprender a implicar um com o outro, porque isso é de praxe... de vez em quando o caçula vai ganhar uns cascudos, porque isso também é de praxe, faz parte. Mas vão se amar tanto, descobrir tantas coisas juntos, vão fazer bagunça juntos e enlouquecer uma mãe quando estiverem pulando na cama, ou correndo na praia, ou se colocando em risco, ou encobrindo um ao outro, ou um botando a culpa no outro quando quebrarem um copo... A mãe vai ouvir durante anos a fio: "mãe, olha o Waltinho, ele está fazendo careta pra mim" ou ainda "mãe a Andreia não deixa eu ver o desenho, tá trocando de canal" . "Mãe, ô mãeeee, ô manhê, olha o Waltinho, tá mordendo o dedo da minha boneca" Tudo tão eu e você... Lembra que nossa mãe nos botava de castigo, um de frente pro outro? Até ficarmos de bem??? Nós ficávamos dando língua um pro outro... em poucos minutos, a gente estava caindo na gargalhada, agarrados, brincando no chão. Nunca ficávamos brigados por mais de 10 minutos... Meu Deus, que saudade! O irmão mais velho sempre terá um sentimento de proteção e o mais novo sempre se sentirá protegido (assim como sempre foi conosco!). A idade não vai importar, e ainda que sejam adultos essa "hierarquia" fraterna nunca vai se dissipar. Quando um estiver em apuros, saberá a quem procurar, saberá a quem pedir ajuda... o melhor amigo, o primeiro amigo, para sempre irmãos. 

Te amo, Walter Sieczko dos Santos
Sua irmã, Andreia Sieczko

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