quarta-feira, 26 de abril de 2017

Missa - 3 meses sem meu irmão Walter Sieczko dos Santos


Então, irmãozinho... hoje faz 3 meses que você foi para o outro lado da vida. Continua sendo difícil. Mas sempre com fé em Cristo, que venceu a morte para que nós pudéssemos ter a vida eterna, eu acredito que você está mais vivo que nunca! Em mim, com certeza. Muitos amigos me ligaram hoje, muitas pessoas que rezaram por ti, em intercessão à tua vida, tua saúde, também se lembraram desse dia. Como é reconfortante receber o carinho dos amigos!!! Me faz sorrir e chorar ao mesmo tempo. A saudade alcança a todos nós, meu irmão! Nossa família também esteve presente hoje para mandar até o céu, todo nosso amor, nosso carinho e as melhores energias positivas. Cada vez que eu comungo, o Corpo e o Sangue de Cristo, eu comungo pensando em Jesus, e Maria, nossa Mãe do Céu, em nossos Anjos da Guarda, e muito, muito, em você! Que onde você estiver, você receba muita luz, muito carinho, muito amor, de nós e dos nossos amigos espirituais, que eu tenho certeza que estão cuidando de você.

Você está sempre presente na minha vida, meu irmão. Todos os dias, ou na grande maioria dos dias da semana, eu vou te ver lá na sua capelinha número 9. Você e dona Joanna estão lá. Com uma luz de amor que fica acesa o tempo todo, dia e noite, para que vocês sejam sempre luz. Nossa família sempre passa por lá pra rezar com você, te dar um beijo. Eu sei que isso é apenas uma representação, meu irmão. Mas me fez tão bem. Luiz sempre vai ver você e a mãe dele... quando vai resolver qualquer coisa na cidade, diz que vai lá pra dar um oi pra vocês. Tem também as minhas amigas de oração, que trabalham lá na igreja e conhecem você muito bem. Até hoje lembram de colocar seu nome Walter Sieczko dos Santos, nas missas de segundas-feiras. Já sabem escrever e falar nosso sobrenome. Até o Padre Valdir, já conhece você, meu irmão... Há muito tempo, mesmo antes de você partir. Eu desejo que você esteja bem, cercado de luz e de todo o amor que sentimos por você.

Chegamos bem antes da missa, 12:00h já estávamos lá, nossa família já estava esperando o início da Santa Missa. Tio Guzzo sempre muito emotivo, fica chorando e dizendo que você é o afilhado dele. Tia Beth, irmã do Tio Guzzo veio para sua missa também. Tia Armida, sempre calada, também com os olhos molhados, sua mãe também chora muito de saudades. Tia Lamia cuida do bebê Henrique, meu afilhadinho que você teve a chance de conhecer e pegá-lo no colo. Luiz e Felipinho também ficam em silêncio. E eu tento me segurar e não chorar, porque senão, todos vão chorar muito também. E eu sou a irmã mais velha, lembra? Se PQD é forte, irmã de PQD também tem que ser. Me seguro, engulo o choro, e sou convidada para fazer a Primeira Leitura, e também o Salmo Responsorial... Quem diria, que sua irmã espevitada ia virar quase uma carola?!?!?!?!?  - Mistérios de Deus, meu irmão... O Pai é sábio e toca no coração das pessoas. Eu acredito, porque ELE tocou o meu. Então chegam também Tia Marise e Tio Alceu, e logo depois, nosso primo Rodrigo e seu padrasto Cardoso. Sinto uma energia boa. Minhas mãos esquentam, formigam... sinto o Espírito Santo de Deus na igreja, ao redor de nós. Converso baixinho com você, Waltinho. Você me escuta? 

Nossos outros tios, mandam mensagens, pelo celular, estão em casa, orando por você nesse mesmo horário. Dona Marly, que é nossa copeira aqui no trabalho, está fazendo o Terço da Misericórdia, antes de eu sair, fui falar com ela e ela me disse que você é um ANJO LINDO, que está nos céus a olhar por nós. Sinto uma vontade de te abraçar! Graças a Deus eu te abracei bastante, Graças a Deus eu enchi o seu saco, dizendo toda hora o quanto eu te amava. Graças a Deus eu fui chata, Graças a Deus eu repetia toda hora isso pra você. Eu te amo, meu irmão, eu sempre e pra sempre vou te amar... afinal, você será sempre a melhor parte de mim. No final da missa, Padre Valdir faz a Oração da Família, do Papa Francisco, bendito homem santo! E também dá o Sacramento da Unção dos Enfermos, porque ele diz que todos nós que estamos sofrendo, com o coração em pedaços, de certa forma estamos enfermos. Eu tenho certeza que estou enferma, porque eu sinto meu coração doendo de verdade. Parece que verdadeiramente, fisicamente, meu coração está rachado, está em pedaços... é uma dor tão real e verdadeira, que eu acredito realmente que se alguém abrir meu peito, vai encontrar esse órgão com alguma peça quebrada, com algum pedaço faltando, com um buraco no meio, com uma faca transpassada... sei lá... mas não é exagero, não. Eu acredito que meu coração está despedaçado. Tá faltando a alegria da sua existência física, está faltando a sua voz me contando suas histórias, tá me faltando contemplar a sua beleza e a sua saúde que foi levada por uma doença triste. Se bobear, pode ser vista a tristeza escondida atrás de algum pedacinho desse meu coração. Quem dera essa dor pudesse ser extirpada... Que coisa horrível, meu irmão. Ninguém está preparado para viver uma perda dessas. Não suporto ouvir pessoas dizendo que o tempo vai curar essa dor... (eu posso falar um palavrão, meu irmão?). Não sei porque as pessoas não se calam. É melhor não falar nada do que falar um absurdo desses. Ou então, algumas pessoas me perguntam: "Como você está?" "Você está bem?" A maioria das vezes eu respondo que sim, tá tudo bem, porque eu fujo na verdade dessas pessoas. Acho que elas nunca perderam alguém a quem amassem tanto... Enfim, não estou aqui pra julgar. Esse papel é Daquele que é o único a conhecer o coração das pessoas. E minha resposta, acaba com a curiosidade das pessoas, e posso seguir em paz o meu luto. 
O luto é meu! Meu direito! Meu irmão! Meu sentimento!
E não espero que ninguém entenda, nem passe pelo que estou sentindo. Eu deixo que Deus venha agir no meu coração. Cada pessoa tem seu tempo, e eu respeito o meu. Bom, no fim da missa, com a Oração da Família e a Unção dos Enfermos, Padre Valdir espargiu água benta sobre nós, nos ungiu com o amor de Deus, nos abençoou. Falou tantas vezes o seu nome... pronúncia corretíssima do SIECZKO. Eu gosto. Gosto de ouvir seu nome. Seus tios e sua mãe se emocionaram. Ficamos um tempinho na igreja, já vazia... difícil sair da casa de Deus. Ali eu te tenho tão presente. Nos despedimos todos. Uma boa parte da sua família. Tanta energia junta, faz tão bem... Você sentiu nosso amor, Waltinho? Te mando aí no céu uma foto nossa. Rodrigo saiu depressa, pois tinha acabado a hora do almoço. Na foto, tenho a impressão que você está no alto, está no céu, acenando para nossa família Buscapé Sieczko.

Eu te amo, não se esquece disso!

Eu te amo, não esqueça nunca isso! 

Meu irmão, meu primeiro amigo, meu maior tesouro, minha melhor herança e a melhor parte de mim!

Não se esqueça nunca disso! 
Igreja de Nossa Senhora do Terço e Senhor dos Passos
Centro - Rio de Janeiro

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