Indicação
Para
que serve?
Analgesia
de curta duração durante o período anestésico (pré-medicação, indução e
manutenção) ou quando necessário no período pós-operatório imediato (sala da
recuperação); para uso como componente analgésico de anestesia geral e
suplemento da anestesia regional; para administração conjunta com neuroléptico,
como o Droperidol, na pré-medicação, na indução e como componente de manutenção
em anestesia geral e regional; para uso como agente anestésico único com
oxigênio em determinados pacientes de alto risco, como os submetidos à cirurgia
cardíaca ou certos procedimentos neurológicos e ortopédicos difíceis; para
administração espinhal (Fentanil Injetável - uso espinhal - sem conservantes)
no controle da dor pós-operatória, operação cesariana ou outra cirurgia abdominal.
Contraindicações
Quando
não devo usar?
Em
pacientes com intolerância conhecida à droga ou a outros medicamentos.
Posologia
Como
usar?
50 mcg
= 0,05 mg = 1 ml; a dose deve ser individualizada. Alguns dos fatores que devem
ser considerados na determinação adequada da posologia devem incluir a idade,
peso corporal, estado físico, condição patológica concomitante, uso de outras
drogas, tipo de anestesia a ser utilizado e o procedimento cirúrgico envolvido.
Pré-medicação 50 a
100 mcg (0,05 a
0,1 mg) (1 a
2 ml) podem ser administrados por via intramuscular 30 a 60 minutos antes da
cirurgia. Componentes de anestesia geral: dose baixa: 2 mcg/kg (0,002 mg/kg)
(0,04 ml/kg). Fentanil em dose baixa é especialmente útil para procedimentos
cirúrgicos com dor de baixa intensidade. Além da analgesia durante a cirurgia,
Fentanil pode também proporcionar alívio da dor no período pós-operatório
imediato. Manutenção: raramente são necessárias doses adicionais de Fentanil
nestes procedimentos com dor de baixa intensidade. Dose moderada: 2 a 20 mcg/kg (0,002 a 0,02 mg/kg (0,04 a 0,4 ml/kg). Quando a
cirurgia é de maior duração e a intensidade de dor moderada, tornam-se
necessárias doses mais altas. Com esta dose, além de analgesia adequada, se
obtém uma abolição parcial do trauma cirúrgico. A depressão respiratória
observada com estas doses torna necessária a utilização de respiração assistida
ou controlada. Manutenção: 25 a
100 mcg/kg (0,025 a
0,1 mg) (0,5 a
2 ml) podem ser administrado por via endovenosa ou intramuscular quando
movimentos ou alterações nos sinais vitais indiquem resposta reflexa ao trauma
cirúrgico ou superficialização da analgesia. Dose elevada: 20 a 50 mcg/kg (0,02 a 0,05 mg/kg) (0,4 a 1 ml/g). Durante a
cirurgia cardíaca e certos procedimentos ortopédicos e neurocirúrgicos onde a
cirurgia é mais prolongada, e na opinião do anestesista a resposta
endócrino-metabólica ao trauma cirúrgico pode prejudicar o estado geral do
paciente, recomendando-se doses de 20
a 50 mcg (0,02
a 0,05 mg/kg) (0,4 a 1 ml/kg) com protóxido de nitrogênio e
oxigênio. Tais doses têm demonstrado atenuar a resposta endócrino-metabólica ao
trauma cirúrgico, definida pelo aumento dos níveis circulantes de hormônio do
crescimento, catecolominas, hormônio antidiurético e prolactina. Quando doses
dentro desses limites são usadas durante a cirurgia, é necessária ventilação
pós-operatória em virtude de depressão respiratória prolongada. O principal
objetivo dessa técnica será produzir anestesia livre do trauma cirúrgico.
Manutenção: as doses de manutenção podem variar de um mínimo de 25 mcg (0,025
mg) (0,5 ml) até metade da dose utilizada inicialmente, dependendo das
alterações dos sinais vitais que indiquem trauma cirúrgico e superficialização
da analgesia. Porém, a dose de manutenção deverá ser individualizada
principalmente se o tempo estimado para o término da cirurgia é curto. Como
anestésico geral: quando a atenuação da resposta endócrino-metabólica ao trauma
cirúrgico é especialmente importante, doses de 50 a 100 mcg/kg (0,05 a 0,1 mg/kg) (1 a 2 ml/kg) podem ser
administradas com oxigênio e um relaxante muscular. Esta técnica tem
demonstrado proporcionar anestesia sem o uso de agentes anestésicos adicionais.
Tal técnica tem sido utilizada para cirurgia cardíaca a céu aberto e outras
cirurgias de longa duração em pacientes nos quais está indicada uma proteção do
miocárdio ao excesso de consumo de oxigênio; está indicada também para certas
cirurgias neurológicas e ortopédicas difíceis. Com certas doses torna-se
necessária ventilação pós-operatória, bem como pessoal e equipamentos adequados
para seu controle. Anestesia regional: administração espinhal: 1,5 mcg/kg
(Fentanil Injetável - uso espinhal - sem conservantes) pode ser administrada
por esta via. Quando se necessita de uma complementação da anestesia regional,
doses de 50 a
100 mcg (0,05 a
0,1 mg) (1 a
2 ml podem ser administradas por via I.M. ou endovenosa lenta. No
pós-operatório (sala de recuperação): 50 a 100 mcg (0,05 a 0,1 mg) (1 a 2ml) podem ser
administrados para o controle da dor, por via intramuscular. A dose pode ser
repetida após 1 a
2 horas, se necessário. Quando se opta pela via espinhal, deve-se administrar
100 mcg (0,1 mg ou 2 ml) (Fentanil Injetável uso espinhal - sem conservantes).
Essa quantidade de 2 ml deve ser diluída em 8 ml de solução salina a 0,9%,
resultando em uma concentração final de 10 mcg/ml. Doses adicionais podem ser
aplicadas se houver evidências de diminuição do grau de analgesia. Doses em
crianças: para indução e manutenção em crianças de 2 a 12 anos de idade,
recomenda-se uma dose reduzida de 20
a 30 mcg (0,02
a 0,03 mg) (0,4 a 0,5 ml) cada 10 a 12 kg de peso corporal.
Compatibilidade: se desejado, Fentanil pode ser misturado ao cloreto de sódio
ou glicose para infusões intravenosas.
Efeitos Colaterais
Quais
os males que pode me causar?
Mesmo
com as doses recomendadas, Fentanil pode determinar efeitos colaterais,
notadamente depressão respiratória, apnéia, rigidez muscular e bradicardia.
Outros efeitos colaterais descritos incluem hipotensão, tonturas, embaçamento
da visão, náusea, vômito e sudorese. Outros efeitos colaterais menos
freqüentemente observados são: laringoespasmo, reações alérgicas (tais como,
anafilaxia, broncospasmo, prurido, urticária) e assistolia. Como vários
medicamentos são administrados concomitantemente durante a anestesia, não se
sabe se estes efeitos possuem uma relação causal com Fentanil. Em raras
circunstâncias foi observada depressão respiratória rebote secundária, após a
cirurgia. A depressão respiratória pode ser facilmente controlada pela
utilização de ventilação assistida, sendo rápida e totalmente neutralizada pelo
uso de um antídoto eficaz, como o cloridrato de naloxona. Os efeitos do tipo
vagotrópico como hipotensão, bradicardia e broncospasmo podem ser completamente
reversíveis com a administração de atropina. Quando um neuroléptico, tal como,
o droperidol é utilizado com Fentanil, os seguintes efeitos colaterais podem
ser observados: febre e/ou tremor, agitação, episódios de alucinação
pós-operatórios e sintomas extrapiramidais. Advertências: como ocorre com
outros depressores do SNC, os pacientes sob efeito de Fentanil devem receber
vigilância médica adequada devendo-se contar com equipamento para ressuscitação
e antagonista narcótico à disposição. A hiperventilação durante a anestesia
pode alterar a resposta do paciente ao CO2 afetando então a respiração no
período pós-operatório. No período pós-operatório, quando houver necessidade de
analgésicos com atividade narcótica deve-se ter em mente a dose total de Fentanil
já administrada. Como o efeito depressor respiratório de Fentanil pode se
prolongar além da duração de seu efeito analgésico, as doses de analgésicos
narcóticos devem ser reduzidas a ou 1/3 das habitualmente recomendadas.
Fentanil pode causar rigidez muscular, comprometendo particularmente os
músculos da respiração e durante a indução da anestesia. Pode também atingir os
movimentos musculares esqueléticos de vários grupos nas extremidades, pescoço e
globo ocular. Estes efeitos estão relacionados com a dose e a velocidade de
injeção e a incidência pode ser reduzida através do uso de benzodiazepínicos,
na pré-medicação ou de agentes curarizantes ou bloqueadores neuromusculares.
Podem ocorrer movimentos mioclônicos não epilépticos uma vez instalada a rigidez
muscular. A respiração, contudo, deverá ser assistida ou controlada. Deve-se
ter em mente que o emprego dos agentes bloqueadores neuromusculares deve ser
compatível com o estado cardiovascular do paciente. Bradicardia e possivelmente
assistolia podem ocorrer se o paciente recebeu uma quantidade insuficiente de
anticolinérgico ou quando Fentanil é combinado com relaxantes musculares não
vagolíticos. Opióides podem induzir hipotensão, especialmente em pacientes
hipovolêmicos. Portanto, deve-se tomar medidas apropriadas para manter a
pressão arterial estável. Fentanil pode também originar outros sinais e
sintomas característicos dos analgésicos narcóticos, incluindo euforia, miose,
bradicardia e broncoconstrição. Fentanil deve ser administrado com cautela,
particularmente em pacientes com maior risco de depressão respiratória como
aqueles em estado de coma por trauma craniano ou tumor cerebral. Nestes
pacientes, a redução transiente da pressão arterial média tem sido,
ocasionalmente, acompanhada por uma redução breve na pressão de perfusão
cerebral. - Interações medicamentosas: o emprego concomitante de Fentanil com
outros depressores do SNC (por exemplo: barbitúricos, benzodiazepínicos,
neurolépticos, outros narcóticos ou agentes anestésicos gerais e álcool)
proporcionara efeitos aditivos ou potencializadores. Nesses casos a dose de
Fentanil deverá ser reduzida alternativamente. Após a administração de
Fentanil, a dose dos outros depressores do SNC deverão ser reduzidas. Tem sido
descrita uma potencialização imprevisível e intensa nos inibidores da MAO pelos
analgésicos narcóticos. Dessa maneira, os pacientes em uso desses inibidores
devem ter sua administração suspensa há pelo menos 2 semanas antes de receberem
Fentanil. Dependência e abuso da medicação: Fentanil é um produto que contém
uma substância de uso controlado que pode provocar dependência do tipo
morfínico e que apresenta potencial para abuso. Pelas características da
substância, seu emprego está restrito às indicações anestésicas e sob cuidados
e orientação de profissional habilitado. - Uso em crianças: ainda não se
estabeleceu a segurança de Fentanil em criança abaixo de 2 anos de idade. - Uso
na gravidez: ainda não foi determinada a segurança de Fentanil com relação a
possíveis efeitos adversos sobre o desenvolvimento fetal. Portanto, deverá ser
empregado na gravidez apenas quando, a critério médico, os benefícios
sobrepujarem os possíveis riscos. - Uso durante a lactação: Fentanil pode
passar para o leite materno, portanto, não é recomendável amamentar por um
período de 24 horas após a administração de Fentanil. Efeitos sobre a
capacidade de dirigir e operar máquinas: os pacientes só poderão dirigir e
operar máquinas se um tempo suficiente tiver transcorrido após a administração
de Fentanil.
Advertências
e Precauções
O que
devo saber antes de usar?
A dose
inicial de Fentanil deve ser reduzida em pacientes idosos e debilitados, de
acordo com cada caso. Fentanil é recomendado para o uso em anestesiologia, não
devendo ser empregado a não ser em centros cirúrgicos equipados com aparelhagem
adequada e com antídotos indicados quando aplicado na técnica de
neuroleptoanalgesia. Associado ao droperidol e eventualmente complementado pelo
protóxido de nitrogênio, curarizantes ou outros agentes, é desaconselhável a
administração simultânea de outros neurolépticos ou analgésicos morfínicos.
Quando utilizado no trabalho de parto com feto vivo existe a possibilidade de
atravessar a barreira placentária e causar depressão do centro respiratório do
feto, razão pela qual seu uso deve ser feito com cautela por anestesistas com
experiência nessa técnica. Não se deve ultrapassar a dose recomendada a fim de
evitar possível depressão respiratória e hipertonia muscular. Tem sido relatada
a possibilidade de que o protóxido de nitrogênio provoque depressão
cardiovascular, quando administrado com altas doses de Fentanil. Quando usado
como suplemento da anestesia regional o anestesista deve ter em mente que esse
tipo de anestesia pode provocar depressão respiratória por bloqueio dos nervos
intercostais, depressão essa que pode ser potencializada pelo Fentanil
utilizado em associação com tranqüilizante como o droperidol. Pode ocorrer
hipotensão que deve ser controlada com medidas adequadas incluindo se
necessário o uso de agentes pressores que não sejam adrenalina. O droperidol
pode induzir o aparecimento de sintomas extrapiramidais que podem ser
controlados por agentes antiparkinsonianos. Fentanil deve ser usado com cautela
nos pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica ou outras patologias que
diminuem a capacidade respiratória durante a anestesia, isso pode ser
solucionado por meio de respiração assistida ou controlada. Deve-se levar em
consideração que a depressão respiratória provocada pelo Fentanil pode ser mais
prolongada do que a duração do efeito do antagonista narcótico empregado,
devendo-se, portanto, manter cuidado médico adequado. Pacientes em terapia
crônica com opióides ou com história de abusos de opióides podem necessitar de
doses maiores de Fentanil. Fentanil deve ser administrado com cuidado em
pacientes com insuficiência hepática ou renal, hipotireoidismo não controlado e
alcoolismo. Fentanil pode provocar bradicardia, que embora seja revertida pela
atropina, implica no seu uso com cautela em pacientes portadores de
bradiarritmia. Superdose: as manifestações de superdose de Fentanil são uma
extensão da sua ação farmacológica. Tratamento: se ocorrer hipoventilação ou
apnéia, deve ser administrado oxigênio e a respiração deve ser assistida ou
controlada de acordo com o caso. Deve ser mantida uma via aérea livre, se
necessário por meio de cânula intratraqueal. Se houver associação de depressão
respiratória com rigidez muscular pode ser necessário o uso de um curarizante.
O paciente deve ser observado com cuidado durante 24 horas; a temperatura
corporal e a reposição de líquidos devem ser mantidos de forma adequada. Se a
hipotensão é acentuada e persistente, deve ser levada em conta a possibilidade
de hipovolemia que deve ser corrigida com a administração parenteral de
soluções adequadas. Deve estar disponível um antagonista específico, como o
cloridrato de naloxona, para controle da depressão respiratória. Enfim, devem
ser tomadas todas as medidas que se façam necessárias. Não deve ser esquecido
que a depressão respiratória provocada pelo Fentanil pode ser mais prolongada
do que a duração do efeito antagonista narcótico empregado.
Composição
(por
ml) Fentanil Injetável (com conservantes):citrato de fentanila 78,5 mcg
(equivalente a 50 mcg de fentanila); excipientes: metilparabeno, propilparabeno
e água para injeção. Fentanil Injetável - uso espinhal (sem conservantes):
citrato de fentanila 78,5 mcg (equivalente a 50 mcg de fentanila); excipiente:
cloreto de sódio e água para injeção.
Apresentação
Fentanil
Injetável (com conservantes): embalagem contendo 25 frascos-ampola de 10 ml;
Fentanil Injetável - uso espinhal (sem conservantes): embalagem contendo 50
ampolas de 2 ml; embalagem contendo 25 ampolas de 5 ml.
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