quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Recomendo a Leitura: CONTRA A EUTANÁSIA - Lucien Israël




Devemos aceitar a eutanásia para as pessoas com doenças incuráveis? Quem pode decidir pôr fim à vida de uma pessoa? Quem sofre mais: o doente ou aqueles que o rodeiam? Num momento em que a eutanásia está no centro de um áspero debate, a voz autorizada de Lucien Israël – um homem de ciência, um leigo, um não-crente – convida-nos a refletir, quaisquer que sejam as nossas convicções e também à custa de pôr em dúvida as opiniões mais acreditadas. Para o autor, a eutanásia não é nem um gesto de humanidade nem um ato de compaixão, mas um projeto que põe em discussão a profissão médica e, mais em geral, a ligação simbólica entre as gerações. O médico tem não só o dever de não se render à morte mas também deve infundir no seu paciente a esperança, a confiança, a vontade e a força de lutar. E também quando a sua vida chegar ao fim, deverá transmitir-lhe sempre o sentido profundo da sua «arte», que é a de «cuidar» de quem se lhe confia. Porque existem doenças incuráveis, mas não existem doenças intratáveis. Nas nossas sociedades há muitos anciãos, muitas pensões a pagar, muitos cuidados a prestar e, na mente de Lucien Israël insinua-se uma dúvida inquietante e provocatória: E se a eutanásia (com tudo o que gira à volta dela) fosse uma «solução económica», uma resposta técnica a um problema prático, que se esconde atrás de uma morte digna?


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