texto retirado da internet
A morte é um problema dos vivos. Não é a própria morte que desperta temor, mas a imagem antecipada da morte na consciência dos vivos. O determinante na relação com a morte não é o processo biológico em si, mas a idéia que se tem de vida, de morte e da atitude associada a elas. Para Elias, não apenas a morte foi recalcada e sofreu transformações no decorrer do tempo(...)
O problema sociológico da morte torna-se mais claro através da compreensão das características das sociedades contemporâneas e das estruturas de personalidade associadas a elas. Nessas sociedades houve uma extensão da vida individual, uma expectativa de vida de cerca de 75 anos.
Assim, a morte para um jovem é mais remota do que numa sociedade em que um homem de 40 anos é um velho. Elias levanta a hipótese de que talvez houvesse menos acidentes de trânsito se as pessoas não se afastassem tanto da idéia de morte.
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-73312004000100009
ELIAS, Norbert. A Solidão dos Moribundos.
Tradução: Plínio Dentzien.
Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2001.
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