quinta-feira, 1 de junho de 2017

Muito fácil alguém dizer como você deve seguir sua vida...

Muito fácil alguém dizer como você deve seguir sua vida, que caminho tomar, que sentimento abafar, como reagir às intempéries, como lidar com a sua perda, o seu luto, o seu sofrimento. Eu estou tentando ser uma pessoa educada e elevada espiritualmente, porque já descobri a importância da espiritualidade na minha vida prática. Mas está sendo muito difícil fazer cara de paisagem para os absurdos que tenho ouvido de todos os lados. Pessoas! Seres humanos! Somos tão iguais e tão diferentes. Somos iguais na estrutura, diferentes nos detalhes. Ninguém tem uma digital igual a outra... ainda na barriga, o feto, que está se transformando em um futuro nascituro, já terá em seus dedinhos as marcas digitais únicas em todo o planeta Terra. Descoberto por Juan Vucetich, somos únicos, ímpares... cada qual com suas características... então, por favor, não venham me dizer como eu devo me sentir em relação a nada. Não devo nada a ninguém, e só quem pode julgar a todos nós, não coloca os pés aqui nessa terra... Eu até entendo que alguns tem a melhor das intenções, e não fazem por mal... mas tem gente que não tem noção do que é amar alguém mais que a si mesmo, tem gente que não sabe o que é a dor da perda, a dor do luto, não sabem o que é vivenciar o sofrimento da doença de um irmão... não sabe o que é descobrir uma doença que vai te matando a cada dia, crescendo e comendo sua vida e seus sonhos, tirando da pessoa o privilégio da velhice. Não entendem o que é precisar de terapia por muitos anos adiante, para tentar deglutir a crueldade de uma não despedida. Ninguém sabe... até passar pela mesma dor. Não desejo mal a ninguém, desejo que as curas para as doenças do corpo sejam encontradas, e que as doenças da alma, como inveja, soberba, egoísmo e as mais diversas maldades sejam expurgadas do nosso viver. Mas enquanto essas benesses não chegam, parem e pensem se não seria melhor manter a boca fechada antes de falar alguma coisa que faça abrir mais ainda as chagas de alguém. Antes de qualquer coisa, coloque-se no lugar do outro... Como você se sentiria se descobrisse uma doença maligna em si próprio? E soubesse que a medicina não poderá fazer muito por você? Que dinheiro nenhum poderia salvar sua vida? Ou se perdesse alguém a quem muito ama? Ou fosse vítima de um crime brutal? Ou se perdesse tudo que tivesse conquistado? Se você tivesse que vivenciar a batalha pela vida de um filho? Hum? Como seria? O que você sentiria? Não desejo nada de mal a ninguém, repito. Não estou revoltada com a vida, muito menos com Deus, que continua e continuará sendo meu Senhor e minha Fortaleza. Nem digo que eu, Andreia Sieczko seja um ser humano perfeito... Claaaaro que não! Ainda preciso aprender muita coisa, mas graças a Deus, já sei o caminho... Somos seres espirituais, vivenciando experiências humanas. Já fui muito pior do que sou hoje. Mas sei que amanhã eu serei uma pessoa melhor, porque EU escolhi o desenvolvimento espiritual que remete a isso. Então, se eu posso, você também pode... o mundo inteiro pode. Ninguém é melhor que o outro, nem tem o direito de definir os parâmetros do  que é o certo ou o errado. Então, eu peço, por favor, não interfiram no sentimento dos outros. Se não souberem o que falar para amenizar a dor de um amigo, colega ou parente, calem-se. Um abraço é o suficiente!

Paz e Luz a todos nós!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe aqui sua mensagem