quinta-feira, 22 de junho de 2017

Nascimento da Mila - Curitiba

Então, num dia de inverno, nossa priminha nasceu. E lá estávamos nós dois em Curitiba, Waltinho... alegres e contentes, aguardando a chegada da Mila. Tá vendo essa botinha preta ? Acho que é essa a botinha que mamãe deu banho de bronze e está até hoje em minha casa. Meu sapatinho e sua botinha, eternizados por um banho de bronze, e hoje, mais um adorno que me remete à nossa infância. Olha só como éramos grudadinhos. Onde eu ia, você ia atrás, sempre brincando, sempre perto, sempre amigos apesar dos cascudos que eu devia dar em você, com certeza... Faz parte... e irmã mais velha pode, sempre pode.
Sempre foi assim, meu irmão. Sempre juntos, mesmo com alguma distância, sempre juntos, você sempre entrando em contato, me ligando sempre pra dizer como estava sua vida. Eu agradeço que tenha sido sempre assim. Nossa cumplicidade e o laço de sangue que nos une, é mais forte que qualquer força externa. Eu te amo muito, meu irmãozinho. E esse amor eu sei que é infinito. Quantas brincadeiras, quantos concursos dos arrotos mais lonnnngos que fizemos. Fomos muito moleques.
Quantas saudades eu sinto. Como foi bom ter nascido sua irmã mais velha. Sou muito grata a Deus por isso. Você foi meu primeiro amigo, Walter Sieczko dos Santos. Mesmo mordendo os dedos das minhas bonecas, mordendo também o meu LP dos Menudos e pegando meus esmaltes pra pintar o seu "W" nos seus bonequinhos de forte apache e depois esquecendo os vidrinhos abertos, ressecando meus esmaltes  eu sempre tive você como meu manequinho, meu menino malcriado, mas que no fundo sempre foi bonzinho. Essas lembranças tão minhas, tão nossas, estão tão presentes no meu dia a dia... parece que ontem mesmo estávamos falando sobre isso, mas quando eu caio na real e lembro que semana que vem, faz 6 meses que eu não tenho mais você, irmãozinho, vem uma saudade de lá de dentro do peito, sabe? Vontade de conversar com você e saber como está tudo aí desse lado. Só preciso saber que você está bem, em paz, curando as feridas, limpando seu corpo de toda a maldade da doença que te levou de nossa família. Te amo, meu irmão. Nunca se esqueça do quanto eu amo você. Sabe essas duas toucas aí de cima, na nossa cabeça? A minha era rosa e branca... a sua, rosa, branca e verde escura. Foi nossa mãe que tricotou... eu lembro disso. Como o tempo passa, né? Onde andarão estas toucas, essas linhas, eu, você...

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